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08/10/2001 - 07h42

Argentina e retaliação dos EUA causam mais volatilidade

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MARIA CRISTINA FRIAS
da Folha de S.Paulo

A semana será mais curta, com feriados no Brasil na sexta, em parte dos Estados Unidos e na Argentina, hoje.

No país vizinho, no próximo domingo será dia de eleições legislativas, razão para maior volatilidade, segundo uma corrente de analistas. Isso sem contar os reflexos dos ataques de ontem ao Afeganistão.

"A quinta-feira será nervosa, com o mercado preocupado em se precaver", afirma Fábio Alperowitch, da Fama Investimentos.

Para Gustavo Alcântara, do Banco Prosper, não há razão para ansiedade porque mudança importante na economia argentina "só deve vir em novembro".

Analistas continuam a recomendar uma carteira defensiva e conservadora.

Mesmo com o tombo de 33,17% do Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo), de janeiro ao início de outubro, quem seguiu a linha defensiva teve bons lucros com alguns papéis.

Segundo dados da Economática, no período, Aracruz ON subiu 43,74%, Souza Cruz ON, 62,20%, Petrobras PN, 17,36% e Vale do Rio Doce ON, 19,97%.

Segundo analistas, muitas dessas ações ainda têm potencial de alta, apesar de terem perdido valor depois dos atentados, quando alguns papéis de telecomunicações assumiram a liderança em valorização. Do dia 10/9 ao pregão de sexta-feira passada, Brasil Telecom Participações PN, por exemplo, subiu 9,38% e Brasil Telecom PN, 6,52%.

"A lógica é procurar o que está subvalorizado. Celulares têm potencial de alta. Há papel que vale R$ 40 sendo vendido a R$ 24", diz Alcântara. Ele, porém, alerta: o risco é maior e, por isso, sua carteira continua "extremamente conservadora".

Já, entre os papéis considerados mais defensivos, apenas as ações da Vale do Rio Doce PN tiveram performance positiva (em 1,47%) na fase pós-ataques.

Além do preço e de receita em dólar, "o investidor deve procurar empresas sem dívidas e que não tenham as vendas afetadas por recessão", diz Alperowitch, que indica o setor de bancos e de telefonia fixa. Petróleo, ele deixa de fora pelo risco de as cotações do barril e do dólar caírem.

Álvaro Bandeira, da Ágora Corretora, concorda em parte: ele inclui também o setor de alimentos, Vale do Rio Doce e Petrobras, "cujos preços seguem a cotação internacional".

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