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09/10/2001 - 13h00

Perdas de empresas aéreas podem chegar a US$ 12 bi em 2001

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da France Presse

As perdas sofridas pelas companhias aéreas no mundo depois dos atentados contra os Estados Unidos poderão atingir US$ 12 bilhões neste ano, segundo a Iata (International Air Transport Association), associação que reúne empresas aéreas de todo o mundo.

As empresas de transporte aéreo internacional poderão perder até US$ 7 bilhões, ao invés dos US$ 2,5 bilhões previstos antes dos atentados, afirmou o presidente da Iata, Pierre Jeanniot, durante entrevista em Hong Kong.

A isso se deve acrescentar perdas de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões somente no mercado interno norte-americano, acrescentou ele.

''Uma situação que está sendo avaliada é que as perdas líquidas chegarão a US$ 7 bilhões nas companhias internacionais se o tráfego for reduzido em 15% entre setembro e dezembro.''

Essa perda implicará uma redução de aproximadamente 5% do tráfego internacional para o ano em curso, segundo a Iata.

'A isso é preciso acrescentar, para se ter uma idéia de conjunto no mundo, os US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões em perdas das empresas aéreas americanas nos serviços domésticos'', precisou Jeanniot.

O presidente da Iata previu que a indústria aérea mundial levará um ano para recuperar-se da crise provocada pelos atentados de 11 setembro.

De qualquer maneira, ainda é muito cedo para dizer se os ataques americanos contra o Afeganistão, lançados neste final de semana, agravarão ainda mais a situação do transporte aéreo, acrescentou Jeanniot.

O presidente da Iata disse que esperava pelo desaparecimento de algumas das companhias mais frágeis, mas que uma gestão agressiva poderia permitir o salvamento da maioria delas.

Jeanniot traçou um paralelo com a guerra do Golfo em 1991, e recordou que o tráfego caiu inicialmente entre 30 e 35%, e depois 15% nos meses seguintes ao conflito.

A Iata, que agrupa cerca de 275 companhias aéreas no mundo, ou seja, quase a totalidade, propôs uma série de medidas para impedir o desaparecimento das empresas e voltar a estabelecer a saúde nesta indústria.

Entre essas medidas figuram a liberalização sobre a propriedade e o controle das companhias aéreas, a redução das apólices de seguro e a melhoria dos sistemas de segurança e de comunicação entre as autoridades do setor.

A Iata pediu aos governos que facilitem as fusões de linhas aéreas de países diferentes para salvar as companhias ameaçadas.

No campo da segurança, Jeanniot defendeu a introdução de aparelhos que permitam identificar os passageiros graças a sinais distintivos, como a íris ocular, mais seguros e eficientes do que as impressões digitais.

A Iata pediu também aos governos que estendam além do curto prazo sua cobertura das companhias aéreas em caso de atos de terrorismo e guerra.

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