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19/10/2001 - 09h33

Países ricos terão menor crescimento em 18 anos

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da Folha de S.Paulo

Este deverá ser o pior dos últimos 18 anos para as principais economias do planeta, e 2002 será apenas um pouco melhor, de acordo com projeções preliminares da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Os 30 países-membros da organização (os mais industrializados do planeta) podem encerrar 2001 com um anêmico crescimento de 1%, menor ritmo desde 1982. Para o ano que vem, a previsão dos técnicos da OCDE não é mais otimista: expansão de 1,2%.

Em seu relatório anterior, publicado em maio, a organização afirmava que previa um crescimento de 2% neste ano para seus membros e expansão de 2,8% no ano que vem.

Em projeções feitas antes dos ataques de 11 de setembro, o FMI (Fundo Monetário Internacional) disse que os membros da OCDE deveriam crescer 1,3% em 2000 e 2,1% no próximo ano. Mas o Fundo já afirmou que esses números serão refeitos.

De acordo com a OCDE, a economia japonesa deve amargar uma queda de 0,8% neste ano, ante uma projeção anterior de crescimento de 1,1%. A previsão para os EUA é uma expansão de 1,3%, contra os 3,1% anteriormente previstos.

Os 15 países da União Européia devem ver seu PIB (Produto Interno Bruto) aumentar em 1,5%, ante uma projeção anterior de 2,7%.

Os números fazem parte de um esboço feito pela OCDE de um relatório sobre as perspectivas econômicas para os seus membros depois dos ataques terroristas em Nova York e Washington. O estudo deve ser divulgado apenas no dia 20 do mês que vem. Mas eles foram enviados para os governos dos países que fazem parte da organização e acabaram vazando para a imprensa.

"Os ataques podem ter sido a causa, ou talvez só uma desculpa, para as autoridades mudarem o discurso, mas o fato é que todo mundo está empurrando as perspectivas de recuperação para a segunda metade do ano que vem", disse Marc Chandler, do HSBC em Nova York.

O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, afirmou ontem que a economia do país deverá crescer 0,75% neste ano e entre 1% e 1,5% em 2002. Segundo ele, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) nos últimos 12 meses encerrados em outubro não deverá atingir 1%.

"Seremos obrigados a refazer novas estimativas", disse Eichel. "No próximo ano, certamente não alcançaremos a meta original, que era de um crescimento entre 2% e 2,25%."

A economia alemã, a maior da União Européia, mesmo antes dos ataques aos EUA, vinha enfrentando problemas com uma forte queda na produção industrial. Ainda assim, o governo insistia em manter sua meta de crescimento.

No Fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês), os representantes dos 21 países participantes pediram o lançamento, pela OMC (Organização Mundial do Comércio), de uma nova rodada de negociações sobre tarifas internacionais.

Em um debate ontem, ministros da área econômica dos países presentes afirmaram que os ataques terroristas aumentaram os riscos para a economia mundial.

"A possibilidade de os EUA passarem por um período de recuperação mais longo que o esperado aumentou, elevando os efeitos negativos em países emergentes na Ásia e na América Latina", afirmaram os ministros em um relatório divulgado após a reunião, realizada em Xangai (China).
*Com ''Financial Times" e agências internacionais

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