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25/10/2001
-
10h30
ELIANE MENDONÇA e MARIA TERESA MORAES
da Folha Vale
A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) registrou a terceira queda nas exportações desde 98. Todas foram neste ano.
Segundo a Secex (Secretaria do Comércio Exterior), a empresa aeronáutica exportou, em setembro deste ano, US$ 285,7 milhões, contra US$ 327,9 milhões no mesmo período de 2000 _queda de 12,88%. É o primeiro balanço mensal desde o atentado aos EUA, em 11 de setembro. A primeira queda foi em abril, quando a empresa vendeu US$ 199,4 milhões _em julho de 2000, foram exportados US$ 242,9 milhões.
A queda refletiu na participação da empresa na balança comercial, que foi de 6% em setembro, contra 6,94% em setembro de 2000.
Segundo o economista Roberto Bernardes, do grupo de estudos de empresas e inovação tecnológica da Unicamp (Universidade de Campinas), a Embraer vai registrar queda nas exportações nos próximos meses, podendo chegar a até 17%, devido à crise.
Mas, segundo o economista, a crise é transitória e a recuperação deverá acontecer em, no máximo, dois anos. "O impacto é maior nas empresas que fabricam aeronaves com mais de cem lugares, já que a tendência é de o mercado para aeronaves menores ser ampliado, o que seria positivo para a Embraer, que tem como carro-chefe modelos regionais." O economista prevê que a empresa terá oportunidades no mercado asiático, principalmente com a China.
"O crescimento da empresa será reduzido, mas não deixará de existir", diz. O crescimento menor se deve, para ele, à dependência do mercado civil, pois o governo não investe em tecnologia para aeronaves militares.
"Nos EUA, a crise no setor não será tão rigorosa porque os cerca de 30 mil funcionários demitidos pela Boeing, por exemplo, devido à crise no mercado de aviação civil, acabarão sendo absorvidos pela aviação militar, que é muito incentivada pelo governo", disse.
Para o analista da Sudameris Corretora Roberto Reis de Freitas Júnior a alteração da expectativa de queda na entrega de jatos em 2002 vai implicar uma perda de US$ 1,2 bilhão nas exportações.
Embraer exporta 13% menos em setembro
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da Folha Vale
A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) registrou a terceira queda nas exportações desde 98. Todas foram neste ano.
Segundo a Secex (Secretaria do Comércio Exterior), a empresa aeronáutica exportou, em setembro deste ano, US$ 285,7 milhões, contra US$ 327,9 milhões no mesmo período de 2000 _queda de 12,88%. É o primeiro balanço mensal desde o atentado aos EUA, em 11 de setembro. A primeira queda foi em abril, quando a empresa vendeu US$ 199,4 milhões _em julho de 2000, foram exportados US$ 242,9 milhões.
A queda refletiu na participação da empresa na balança comercial, que foi de 6% em setembro, contra 6,94% em setembro de 2000.
Segundo o economista Roberto Bernardes, do grupo de estudos de empresas e inovação tecnológica da Unicamp (Universidade de Campinas), a Embraer vai registrar queda nas exportações nos próximos meses, podendo chegar a até 17%, devido à crise.
Mas, segundo o economista, a crise é transitória e a recuperação deverá acontecer em, no máximo, dois anos. "O impacto é maior nas empresas que fabricam aeronaves com mais de cem lugares, já que a tendência é de o mercado para aeronaves menores ser ampliado, o que seria positivo para a Embraer, que tem como carro-chefe modelos regionais." O economista prevê que a empresa terá oportunidades no mercado asiático, principalmente com a China.
"O crescimento da empresa será reduzido, mas não deixará de existir", diz. O crescimento menor se deve, para ele, à dependência do mercado civil, pois o governo não investe em tecnologia para aeronaves militares.
"Nos EUA, a crise no setor não será tão rigorosa porque os cerca de 30 mil funcionários demitidos pela Boeing, por exemplo, devido à crise no mercado de aviação civil, acabarão sendo absorvidos pela aviação militar, que é muito incentivada pelo governo", disse.
Para o analista da Sudameris Corretora Roberto Reis de Freitas Júnior a alteração da expectativa de queda na entrega de jatos em 2002 vai implicar uma perda de US$ 1,2 bilhão nas exportações.
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