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05/11/2001 - 08h00

EUA devem cortar juros pela décima vez no ano amanhã

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MICHEL BLANCO
da Folha Online

O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anuncia amanhã (6) sua decisão sobre a taxa básica de juros. A expectativa é a de que a autoridade monetária corte os juros pela décima vez neste ano.

O resultado do PIB do terceiro trimestre, que recuou 0,4%, sugere que o corte seja de 0,25 ponto percentual. Hoje, os juros nos EUA, que começaram o ano em 6,5%, estão em 2,5% ao ano, o menor nível dos últimos 39 anos.

Uma série de indicadores divulgados na semana passada -como desemprego, atividade industrial, pedidos de auxílio-desemprego e gastos com consumo- reforçam as apostas de que o impacto do atentados do 11 de setembro começa a precipitar o país na recessão.

A taxa de desemprego, divulgada na sexta-feira, cresceu para 5,4% em outubro, após ter ficado em 4,9% no mês anterior. Foram eliminados 415 mil postos de trabalho, o mais elevado número desde maio de 1980. A expectativa em Wall Street era de que a taxa de desemprego ficassem em 5,2%.

A atividade industrial em outubro, medida pelo índice NAPM (Associação Nacional dos Gerentes de Compra), ficou em 39,8 pontos no mês passado, o pior desempenho desde a recessão de 1990-1991. O resultado reflete a maior queda nos gastos dos consumidores em quase 15 anos, de 1,8% em setembro.

Já o PIB mostrou um cenário, a princípio, menos dramático. A contração da economia já era altamente previsível, mas a notícia foi menos negativa do que o esperado.

De julho a setembro, a soma de todas as riquezas produzidas no país ficou em -0,4%, enquanto a expectativa média apontava queda de 1%. Desde a recessão de 1991, a economia só havia retraído no primeiro trimestre de 1993.

Para os analistas, o desafio é prever se haverá uma ligeira recuperação até o final do ano ou se, no último trimestre, ocorrerá nova queda no PIB, hipótese mais provável e que caracterizaria uma recessão. O recuo de 0,4% ainda é um resultado preliminar do Departamento de Comércio, e pode ser ser revisado.

Mas é importante observar que o PIB do terceiro trimestre foi apenas marginalmente afetado pela deterioração da confiança do consumidor ocorrida após o de 11 de setembro, o que faz supor que os dados dos últimos três meses do ano deverão mostrar desaceleração adicional.

  • Veja os reflexos da guerra na economia


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