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06/11/2001
-
17h20
MICHEL BLANCO
da Folha Online
O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduziu os juros para o menor nível desde setembro de 1961, como apostava a maioria dos analistas em Wall Street.
A instituição manteve sua política de cortes na taxa básica dos juros com uma redução de 0,5 ponto percentual, para 2%.
Esta é a décima redução dos juros nos EUA desde o começo do ano (até 3 de janeiro a taxa estava em 6,5%) e a mais agressiva série de cortes vista pelos norte-americanos nos últimos dez anos.
Embora as apostas dos analistas variassem de corte de 0,25 ponto a meio ponto percentual, após novos sinais de desaquecimento divulgados desde a semana passada - aumento do desemprego, contração da atividade industrial e queda do PIB -, a maior parte dos analistas e agentes econômicos passou a esperar que os juros fossem rebaixados para 2%.
Com o corte de juros, o Fed tenta resgatar a confiança do consumidor e mantê-lo gastando, na expectativa de que a economia não seja arrastada para a recessão.
Porém, depois dos atentados do 11 de setembro, as incertezas sobre o rumo da maior economia do mundo se agravaram.
Entre julho e setembro, a economia norte-americana encolheu 0,4%, a primeira queda em oito anos.
Em outubro, a taxa de desemprego saltou de 4,9% para 5,4%. E a atividade industrial, medida pelo índice NAPM (sigla em inglês para Associação Nacional dos Gerentes de Compra), ficou em 39,8 pontos, o pior desempenho desde a recessão de 1990-1991.
Este último resultado, divulgado na quinta-feira passada, reflete a maior queda nos gastos dos consumidores em quase 15 anos, que foi de 1,8% em setembro.
Os efeitos da série de cortes de juros nos EUA só deverão ser sentidos a partir de 2002 -provavelmente no final do primeiro semestre. Muitos analistas prevêem que o PIB dos últimos três meses deste ano apresente desaceleração adicional, o que formalmente caracterizaria uma recessão.
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Veja a íntegra do comunicado do Fed
Banco pode cortar mais juros
EUA cortam juros para 2% ao ano, menor taxa em 40 anos
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O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduziu os juros para o menor nível desde setembro de 1961, como apostava a maioria dos analistas em Wall Street.
A instituição manteve sua política de cortes na taxa básica dos juros com uma redução de 0,5 ponto percentual, para 2%.
Esta é a décima redução dos juros nos EUA desde o começo do ano (até 3 de janeiro a taxa estava em 6,5%) e a mais agressiva série de cortes vista pelos norte-americanos nos últimos dez anos.
Embora as apostas dos analistas variassem de corte de 0,25 ponto a meio ponto percentual, após novos sinais de desaquecimento divulgados desde a semana passada - aumento do desemprego, contração da atividade industrial e queda do PIB -, a maior parte dos analistas e agentes econômicos passou a esperar que os juros fossem rebaixados para 2%.
Com o corte de juros, o Fed tenta resgatar a confiança do consumidor e mantê-lo gastando, na expectativa de que a economia não seja arrastada para a recessão.
Porém, depois dos atentados do 11 de setembro, as incertezas sobre o rumo da maior economia do mundo se agravaram.
Entre julho e setembro, a economia norte-americana encolheu 0,4%, a primeira queda em oito anos.
Em outubro, a taxa de desemprego saltou de 4,9% para 5,4%. E a atividade industrial, medida pelo índice NAPM (sigla em inglês para Associação Nacional dos Gerentes de Compra), ficou em 39,8 pontos, o pior desempenho desde a recessão de 1990-1991.
Este último resultado, divulgado na quinta-feira passada, reflete a maior queda nos gastos dos consumidores em quase 15 anos, que foi de 1,8% em setembro.
Os efeitos da série de cortes de juros nos EUA só deverão ser sentidos a partir de 2002 -provavelmente no final do primeiro semestre. Muitos analistas prevêem que o PIB dos últimos três meses deste ano apresente desaceleração adicional, o que formalmente caracterizaria uma recessão.
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