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08/11/2001
-
14h49
MICHEL BLANCO
da Folha Online
Na tentativa de evitar que a economia desaquecida dos EUA arraste a Europa para a recessão, o BCE (Banco Central Europeu) e o Banco da Inglaterra (BC britânico) cortaram hoje suas taxas de juros em 0,5 ponto percentual, cada um.
Na zona do euro, o BCE reduziu os juros para 3,75% ao ano. Foi o quarto corte promovido pelo guardião do euro neste ano e o quinto desde que o banco passou a controlar a política monetária dos 12 países que adotaram a moeda da União Européia, em 1999.
O corte já era amplamente esperado por analistas, divididos somente em relação ao tamanho dessa redução. As apostas variavam de corte de 0,25 a 0,50 ponto percentual.
Já o Banco da Inglaterra surpreendeu ao trazer os juros para 4% no Reino Unido (que não adotou o euro), o menor nível dos últimos 37 anos. Esperava-se um comportamento menos agressivo da instituição, com redução de 0,25 ponto.
Segundo o comitê de política monetária do BC britânico, o tamanho do corte deve-se ao enfraquecimento da atividade econômica maior do que o anteriormente previsto. Além disso, um corte de 0,50 ponto percentual também seria necessário para atingir sua meta de inflação (2,5% ao ano).
Em ambos os casos, as decisões dos bancos acompanham os cortes de juros nos EUA, onde o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) já rebaixou os juros dez vezes neste ano. Com o último corte nos EUA, de meio ponto percentual, os juros baixaram para 2%, menor patamar desde setembro de 1961.
Enfraquecimento
O crescimento econômico da zona do euro ficou praticamente estagnado no segundo trimestre. A soma do PIB (Produto Interno Bruto) dos 12 países da região subiu 0,1% em relação ao três primeiros meses do ano, e 1,7% comparado com igual período de 2000.
Já o PIB para os 15 países da União Européia foi revisado e mostrou um avanço de 0,2% em relação ao primeiro trimestre, e uma alta de 1,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Reação
A redução dos juros estimulou a alta nos principais mercados acionários da Europa. Em Londres, o índice FTSE fechou com alta de 1,18%, enquanto o índice CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 1,78%. Em Frankfurt, sede do BCE, a Bolsa, que encerra o pregão mais tarde, operava com alta de 2,43%.
Leia mais EUA cortam juros para 2% ao ano, menor taxa em 40 anos
Veja os reflexos da guerra na economia
Europa acompanha EUA e reduz taxa de juros
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da Folha Online
Na tentativa de evitar que a economia desaquecida dos EUA arraste a Europa para a recessão, o BCE (Banco Central Europeu) e o Banco da Inglaterra (BC britânico) cortaram hoje suas taxas de juros em 0,5 ponto percentual, cada um.
Na zona do euro, o BCE reduziu os juros para 3,75% ao ano. Foi o quarto corte promovido pelo guardião do euro neste ano e o quinto desde que o banco passou a controlar a política monetária dos 12 países que adotaram a moeda da União Européia, em 1999.
O corte já era amplamente esperado por analistas, divididos somente em relação ao tamanho dessa redução. As apostas variavam de corte de 0,25 a 0,50 ponto percentual.
Já o Banco da Inglaterra surpreendeu ao trazer os juros para 4% no Reino Unido (que não adotou o euro), o menor nível dos últimos 37 anos. Esperava-se um comportamento menos agressivo da instituição, com redução de 0,25 ponto.
Segundo o comitê de política monetária do BC britânico, o tamanho do corte deve-se ao enfraquecimento da atividade econômica maior do que o anteriormente previsto. Além disso, um corte de 0,50 ponto percentual também seria necessário para atingir sua meta de inflação (2,5% ao ano).
Em ambos os casos, as decisões dos bancos acompanham os cortes de juros nos EUA, onde o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) já rebaixou os juros dez vezes neste ano. Com o último corte nos EUA, de meio ponto percentual, os juros baixaram para 2%, menor patamar desde setembro de 1961.
Enfraquecimento
O crescimento econômico da zona do euro ficou praticamente estagnado no segundo trimestre. A soma do PIB (Produto Interno Bruto) dos 12 países da região subiu 0,1% em relação ao três primeiros meses do ano, e 1,7% comparado com igual período de 2000.
Já o PIB para os 15 países da União Européia foi revisado e mostrou um avanço de 0,2% em relação ao primeiro trimestre, e uma alta de 1,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Reação
A redução dos juros estimulou a alta nos principais mercados acionários da Europa. Em Londres, o índice FTSE fechou com alta de 1,18%, enquanto o índice CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 1,78%. Em Frankfurt, sede do BCE, a Bolsa, que encerra o pregão mais tarde, operava com alta de 2,43%.
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