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13/11/2001
-
07h30
ANA PAULA RAGAZZI
da Folha de S.Paulo
Tinha tudo para ser um dia tranquilo. E até que foi. Essa foi a avaliação dos analistas ontem, quando, mais uma vez, a queda de um avião nos EUA levou nervosismo aos investidores.
As negociações pela manhã estavam mornas, com os mercados de dólar, juros e ações operando praticamente estáveis. Os negócios estavam esvaziados _um feriado nos EUA deixou os bancos do país de portas fechadas, apesar de as Bolsas funcionarem.
Logo após a divulgação da notícia, a cotação do dólar disparou e subiu 1,46% _a máxima do dia. A Bovespa também iniciou suas perdas, que chegaram, no pior momento, a 3,89%.
"Se a notícia tivesse sido confirmada, teríamos outra vez um dia de pânico", avalia Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK. "Se vier a ser anunciado que se tratou de mais um atentado, amanhã ou depois, talvez o impacto seja menos forte."
O dólar fechou em alta de 0,51%, cotado a R$ 2,551. No mês, a moeda acumula baixa de 5,45%.
A Bovespa teve baixa de 1,28%. O volume negociado foi de R$ 536,9 milhões, o segundo menor registrado neste mês. Na semana passada a Bolsa chegou a ter giro financeiro na casa dos R$ 900 milhões. A queda do volume negociado mostra que os investidores preferiram esperar pelo desfecho dos acontecimentos. Não se arriscaram muito em novos negócios.
"O grande medo era que fosse confirmado um novo ataque, o que traria consequências graves sobre as perspectivas do mercado como um todo", afirma o diretor do Lloyds TSB, Pedro Thomazoni. "A questão agora é saber qual será o impacto desse acidente no comportamento do consumidor americano, na economia real."
O consumo é responsável por dois terços do PIB americano. Teme-se que, com as incertezas em relação ao futuro da economia, a população deixe de gastar. Dessa forma, a situação da maior economia mundial, que já dá sinais de recessão, pode se deteriorar mais.
Ele avalia que a notícia tirou o clima de tranquilidade que havia se instalado nos mercados. "Mostrou como o mundo ainda está vulnerável às consequências que esta guerra ainda pode ter."
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de juros de dezembro, mais negociados, projetaram alta das taxas. Fecharam em 20,26%, ante 20,12% de sexta.
Queda de avião nos EUA assusta investidor
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da Folha de S.Paulo
Tinha tudo para ser um dia tranquilo. E até que foi. Essa foi a avaliação dos analistas ontem, quando, mais uma vez, a queda de um avião nos EUA levou nervosismo aos investidores.
As negociações pela manhã estavam mornas, com os mercados de dólar, juros e ações operando praticamente estáveis. Os negócios estavam esvaziados _um feriado nos EUA deixou os bancos do país de portas fechadas, apesar de as Bolsas funcionarem.
Logo após a divulgação da notícia, a cotação do dólar disparou e subiu 1,46% _a máxima do dia. A Bovespa também iniciou suas perdas, que chegaram, no pior momento, a 3,89%.
"Se a notícia tivesse sido confirmada, teríamos outra vez um dia de pânico", avalia Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK. "Se vier a ser anunciado que se tratou de mais um atentado, amanhã ou depois, talvez o impacto seja menos forte."
O dólar fechou em alta de 0,51%, cotado a R$ 2,551. No mês, a moeda acumula baixa de 5,45%.
A Bovespa teve baixa de 1,28%. O volume negociado foi de R$ 536,9 milhões, o segundo menor registrado neste mês. Na semana passada a Bolsa chegou a ter giro financeiro na casa dos R$ 900 milhões. A queda do volume negociado mostra que os investidores preferiram esperar pelo desfecho dos acontecimentos. Não se arriscaram muito em novos negócios.
"O grande medo era que fosse confirmado um novo ataque, o que traria consequências graves sobre as perspectivas do mercado como um todo", afirma o diretor do Lloyds TSB, Pedro Thomazoni. "A questão agora é saber qual será o impacto desse acidente no comportamento do consumidor americano, na economia real."
O consumo é responsável por dois terços do PIB americano. Teme-se que, com as incertezas em relação ao futuro da economia, a população deixe de gastar. Dessa forma, a situação da maior economia mundial, que já dá sinais de recessão, pode se deteriorar mais.
Ele avalia que a notícia tirou o clima de tranquilidade que havia se instalado nos mercados. "Mostrou como o mundo ainda está vulnerável às consequências que esta guerra ainda pode ter."
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de juros de dezembro, mais negociados, projetaram alta das taxas. Fecharam em 20,26%, ante 20,12% de sexta.
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