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15/11/2001
-
11h19
da Folha Online
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou hoje para baixo suas previsões de crescimento mundial para este ano e o próximo.
As estimativas caíram de 2,6% para 2,4% em 2001 e de 3,5% para 2,4% em 2002. Um crescimento global inferior a 2,5% é visto por muitos economistas como um indicativo de uma recessão global.
Para a América Latina, o FMI está prevendo um crescimento de apenas 1,1% neste ano, contra o 1,7% previsto há pouco mais de um mês. Para 2002, a previsão é de, aí sim, atingir o 1,7%.
Para os Estados Unidos, a previsão é de crescimento de 1,1% neste ano e de apenas 0,7% em 2002, abaixo das estimativas de outubro, de 1,3% e 2,2%, respectivamente.
Para o Japão a expectativa é de recessão (crescimento negativo de 0,9% neste ano e de 1,3% no próximo).
Nos países que integram a União Européia, espera-se crescimento de 1,7% neste ano e de 1,4% em 2002.
As novas estimativas do FMI são consequência direta dos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, que abalaram a economia mundial. Os setores mais afetados foram o setor aéreo (empresas de aviação e turismo) e toda a indústria aeronáutica.
Os atentados influenciaram a já abalada economia norte-americana, em ritmo de desaquecimento desde o início deste ano. Para tentar evitar que o país mergulhe em uma recessão, o Fed (banco central dos EUA) já fez 10 cortes de juros neste ano, de 6,5% em janeiro, para os 2% atuais.
O diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, qualificou a situação econômica mundial de ''claramente difícil, ainda que controlável''. Koehler previu que a economia mundial somente voltará a crescer em meados de 2002, mas advertiu que, no momento, o que impera é ''uma situação extraordinária de incerteza''.
''Não há precedentes para esta situação. Fazer previsões agora é como adivinhar o futuro'', disse Koehler, ao fazer uma apresentação das reuniões do FMI e do Banco Mundial que acontecem neste final de semana em Ottawa, no Canadá. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, estará no encontro.
A previsão do FMI contrasta com o otimismo demonstrado ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em relação ao Brasil. FHC previu um crescimento de 3% da economia brasileira neste ano, embora a previsão do ministro Pedro Malan fique entre 2% e 2,5%.
"Estamos conseguindo o que parecia impossível", afirmou FHC. "Ainda ontem, dizia o ministro Pedro Malan que vamos crescer 2% ou 2,5%. Vou ficar com o palpite que ouvi nos Estados Unidos, do professor Albert Fishlow, que foi professor do ministro Pedro Malan, que me disse: 'Presidente, não se engane, vai ser 3% neste ano, no Brasil'", afirmou FHC, arrematando: "Vai ser 3% neste ano no Brasil se nós trabalharmos".
* Com agências internacionais
FMI prevê queda de investimentos em países emergentes
FMI reduz previsões de crescimento mundial em 2001 e 2002
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou hoje para baixo suas previsões de crescimento mundial para este ano e o próximo.
As estimativas caíram de 2,6% para 2,4% em 2001 e de 3,5% para 2,4% em 2002. Um crescimento global inferior a 2,5% é visto por muitos economistas como um indicativo de uma recessão global.
Para a América Latina, o FMI está prevendo um crescimento de apenas 1,1% neste ano, contra o 1,7% previsto há pouco mais de um mês. Para 2002, a previsão é de, aí sim, atingir o 1,7%.
Para os Estados Unidos, a previsão é de crescimento de 1,1% neste ano e de apenas 0,7% em 2002, abaixo das estimativas de outubro, de 1,3% e 2,2%, respectivamente.
Para o Japão a expectativa é de recessão (crescimento negativo de 0,9% neste ano e de 1,3% no próximo).
Nos países que integram a União Européia, espera-se crescimento de 1,7% neste ano e de 1,4% em 2002.
As novas estimativas do FMI são consequência direta dos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, que abalaram a economia mundial. Os setores mais afetados foram o setor aéreo (empresas de aviação e turismo) e toda a indústria aeronáutica.
Os atentados influenciaram a já abalada economia norte-americana, em ritmo de desaquecimento desde o início deste ano. Para tentar evitar que o país mergulhe em uma recessão, o Fed (banco central dos EUA) já fez 10 cortes de juros neste ano, de 6,5% em janeiro, para os 2% atuais.
O diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, qualificou a situação econômica mundial de ''claramente difícil, ainda que controlável''. Koehler previu que a economia mundial somente voltará a crescer em meados de 2002, mas advertiu que, no momento, o que impera é ''uma situação extraordinária de incerteza''.
''Não há precedentes para esta situação. Fazer previsões agora é como adivinhar o futuro'', disse Koehler, ao fazer uma apresentação das reuniões do FMI e do Banco Mundial que acontecem neste final de semana em Ottawa, no Canadá. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, estará no encontro.
A previsão do FMI contrasta com o otimismo demonstrado ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em relação ao Brasil. FHC previu um crescimento de 3% da economia brasileira neste ano, embora a previsão do ministro Pedro Malan fique entre 2% e 2,5%.
"Estamos conseguindo o que parecia impossível", afirmou FHC. "Ainda ontem, dizia o ministro Pedro Malan que vamos crescer 2% ou 2,5%. Vou ficar com o palpite que ouvi nos Estados Unidos, do professor Albert Fishlow, que foi professor do ministro Pedro Malan, que me disse: 'Presidente, não se engane, vai ser 3% neste ano, no Brasil'", afirmou FHC, arrematando: "Vai ser 3% neste ano no Brasil se nós trabalharmos".
* Com agências internacionais
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