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20/11/2001 - 19h55

Atentados adiam negociação entre BB e Tesouro para venda de ações

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NEY HAYASHI DA CRUZ
da Folha de S. Paulo, em Brasília

O presidente do Banco do Brasil, Eduardo Guimarães, disse hoje que o Tesouro Nacional pretende vender parte de suas ações no BB.

Segundo Guimarães, a União irá vender até 22% do total do capital do banco, cujo controle continuará com o governo.

Ele não disse quando o negócio será realizado.

O presidente do BB afirmou que os atentados ocorridos em 11 de setembro adiaram as negociações entre Tesouro e BB.

"A questão está na pauta, mas ainda depende de negociações", afirmou.

A União possui cerca de 73% das ações do BB e pretende vender a parcela que excede o controle para que a estatal possa participar do Novo Mercado da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

Trata-se de uma seção da Bolsa onde serão negociados apenas papéis de empresas que respeitem critérios mais rígidos de transparência no seu relacionamento com os acionistas.

Para que uma empresa entre no Novo Mercado, é preciso que pelo menos 25% de suas ações sejam negociadas no mercado. Atualmente, apenas 13% dos papéis estão em circulação. O restante está nas mãos da União e da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do BB.

Guimarães também anunciou que o BB teve lucro de R$ 446 milhões no terceiro trimestre deste ano, resultado 167,1% maior do que o apurado no trimestre anterior.

Entre janeiro e setembro deste ano, o lucro acumulado pelo BB é de R$ 750 milhões.

Segundo o presidente do BB, o socorro dado pelo Tesouro Nacional aos bancos federais em junho foi o que mais ajudou nesse resultado.

"Nos livramos da carteira de crédito agrícola, fonte permanente de provisionamentos."

O lucro do BB é baixo se comparado com os resultados obtidos pelo Bradesco (R$ 1,56 bilhão) e Itaú (R$ 2,16 bilhões) no mesmo período.
Uma das medidas do programa de reestruturação transferiu, para a União, cerca de R$ 5 bilhões em créditos rurais que o BB tinha a receber.

Os empréstimos eram considerados de alto risco, o que obrigava o BB a fazer provisões para se preparar para um eventual calote e reduzia o lucro da instituição.

Além disso, o resultado do banco foi beneficiado pela troca de R$ 7,2 bilhões de títulos da dívida externa por novos papéis, outra das medidas do programa de reestruturação.
 

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