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21/11/2001 - 15h19

Comissão Européia reduz previsões de crescimento da zona do euro

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da Folha Online

A Comissão Européia anunciou hoje que reduziu suas estimativas oficiais de crescimento para a zona do euro e União Européia (UE), prevendo a mais forte desaceleração desde a recessão da década de 90.

Apesar disso, o comissário de Assuntos Econômicos da União Européia, Pedro Solbes, disse ver ''uma luz no fim do túnel''.

A Comissão reduziu a previsão de elevação do PIB (Produto Interno Bruto) dos 15 países da União Européia de 2,8% para 1,7% neste ano. Já para a zona do euro (formada pelos países da UE, menos Reino Unido, Dinamarca e Suécia), a estimativa é de um crescimento de 1,6%, contra a previsão anterior de 2,8%, em 2001.

Comentando a previsão da Comissão de que o crescimento da zona do euro deve desacelerar em 2002 para 1,3%, depois de crescer 1,6% este ano, Solbes disse que a desaceleração na região não deverá ser tão forte como nos Estados Unidos, e que não haverá recessão na UE.

''Mas, por outro lado, a zona do euro não alcançará todo seu potencial de crescimento até que os Estados Unidos se recuperem, na segunda metade do ano que vem'', disse ele.

Mesmo se houver recuperação na primeira metade de 2002, a zona do euro e a UE deverão crescer apenas 1,3% e 1,4%, respectivamente, no próximo ano, de acordo com as estimativas.

Atentados

O braço executivo da UE disse que a desaceleração global deverá ser mais forte e mais longa que o esperado inicialmente, em razão do impacto dos ataques de 11 de setembro contra os Estados Unidos.

De acordo com a Comissão, suas previsões foram baseadas no barril de petróleo a um custo médio de US$ 24,90 em 2001 e de US$ 22,30 em 2002, e que o crescimento pode ser maior se os preços caírem.

A Comissão disse que a desaceleração global atingiu as economias da UE e da zona do euro mais rapidamente que no passado, à medida que os mercados financeiros tornaram-se mais integrados e as empresas estão mais internacionais.

A Alemanha -maior economia da UE- no ano eleitoral de 2002, deverá crescer apenas 0,7%, o mesmo que em 2001.

A inflação na zona do euro deverá cair abaixo do teto do BCE (Banco Central Europeu), de 2%, a partir do primeiro trimestre de 2002, e a Comissão disse que menores taxas de juros, inflação mais baixa e cortes de impostos deverão ajudar a demanda.

A Comissão afirmou que o crescimento da França e da Itália parecem ser relativamente mais resistentes. A expectativa é que o PIB francês cresça 2% em 2001 e 1,5% em 2002, e que o PIB italiano tenha uma expansão de 1,8% este ano e de 1,3% em 2002.

Melhora externa

De acordo com a Comissão, uma melhora na demanda externa poderá ser necessária para uma forte recuperação, mas não se deve esperar que as exportações ofereçam muito apoio inicialmente.

O órgão prevê que o crescimento do comércio global em 2001 poderá ficar abaixo de 1%, o menor nível desde o início da década de 80.

A desaceleração do crescimento da UE e da zona do euro significam que o desemprego irá aumentar, pela primeira vez desde 1997, concluiu a Comissão.

As informações são da Reuters.
 

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