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23/11/2001 - 07h47

Empresas aéreas brasileiras vendem mais passagens

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LÁZLO VARGA
da Folha de S.Paulo

As companhias aéreas brasileiras estão comemorando a recuperação nas vendas de bilhetes, após a retração de 25% registrada nas semanas seguintes aos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, nos Estados Unidos. Entre janeiro e outubro, houve avanço de cerca de 9% sobre o mesmo período do ano passado.

Tanto a Varig como a Gol informaram ontem que o índice de crescimento de 2001 será bem maior que os cerca de 2% estimados para o PIB (Produto Interno Bruto). "O setor está retomando o crescimento", disse o vice-presidente da Gol, José Carlos Mello.

Os motivos da retomada seriam o receio dos brasileiros de viajar para o exterior, com medo de ataques terroristas, e o alto custo das passagens para os Estados Unidos, Europa e Ásia, devido à desvalorização do real em relação ao dólar. Com isso, as vendas domésticas estão crescendo.

O presidente da Varig, Ozires Silva, confirmou o reaquecimento dos negócios. "Houve inclusive uma alta surpreendente nas vendas desta semana. Mas ainda não contabilizamos o percentual", declarou à Folha.

O DAC (Departamento de Aviação Civil) costuma avaliar que o mercado de aviação civil cresce 50% acima do PIB. Mas os dados têm surpreendido. No ano passado, os negócios avançaram 12%.

O vice-presidente da Gol descartou, porém, que o percentual seja alcançado até dezembro deste ano, pois o setor foi realmente afetado pelos atentados e pela crise na Argentina.

Segundo Silva, as empresas não estão registrando balanços positivos, apesar do avanço das vendas, porque há um excesso de companhias aéreas no mercado.

O executivo disse que a Varig pretende conseguir com o DAC concessões de vôos no aeroporto de Congonhas (SP) que pertenciam antes à Transbrasil, que reduziu o número devido à crise financeira que enfrenta.

Atualmente, a Transbrasil realiza 28 vôos diários a partir de Congonhas, contra os 52 a que tem direito. O objetivo da Varig é recuperar o espaço que deu durante anos para a Rio-Sul, empresa ligada à mesma holding, em Congonhas. A Varig realiza hoje 187 vôos semanais no aeroporto, contra 700 da Rio-Sul.

A Varig tem ainda negociado com a Transbrasil o uso de dois hangares de manutenção em Guarulhos e em Brasília. Os entendimentos já foram firmados com um terminal de cargas em Guarulhos.

 

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