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18/12/2001 - 12h20

Entenda a recente evolução dos preços do petróleo

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MICHEL BLANCO
da Folha Online

O preço de referência do petróleo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) recuou 6% na semana passada, para uma média de US$ 16,84 o barril (159 litros), segundo a secretaria do cartel.

Na semana anterior, a cesta de sete tipos de qualidade de óleo, sobre a qual é calculada a cotação do barril, foi vendida em média por US$ 17,93.

Em novembro, a cotação foi de US$ 17,65, enquanto que, em outubro, atingiu US$ 19,64 e, em setembro, US$ 24,29.

Desde 11 de setembro, o preço do petróleo despencou mais de 30% nos mercados internacionais. As consequências dos atentados terroristas nos EUA agravaram a crise na economia mundial, diminuindo a demanda por energia.

A partir da última semana de setembro, o barril do petróleo passou a ser cotado abaixo da faixa preferencial de preços do cartel -de US$ 22 a US$ 28 o barril- e é por isso que a organização tenta implementar um corte na produção. Ao diminuir a oferta, a Opep tenta resgatar os preços do óleo.

Resposta
Diante desta tendência, os ministros dos países-membros do cartel concordaram, em novembro, em diminuir sua produção diária em 1,5 milhão de barris a partir de 1º de janeiro.

No entanto, o corte foi condicionado a uma redução de pelo menos 500 mil barris na produção diária dos principais exportadores independentes do produto -entre eles Rússia, Noruega, México, Omã e Angola.

Na visão do cartel, somente uma redução coordenada na oferta mundial do petróleo pode evitar o colapso no mercado. E ante um impasse com os produtores independentes sobre o tamanho da redução, a organização resolveu adiar em um mês sua decisão.

Nesta manhã, o cartel voltou a se pronunciar, confirmando que se reunirá no próximo dia 28, no Cairo (Egito), para discutir o eventual corte.

Restringindo a oferta
Ontem, a Noruega decidiu cortar sua produção de petróleo em 150 mil barris diários. Com a medida, o terceiro maior exportador mundial de petróleo reforça as expectativas de corte na produção da Opep.

O corte na produção da Noruega começa a ser praticado em 1º de janeiro, durante um prazo de seis meses.

Além da Noruega, Rússia, México, Omã e Angola vão diminuir suas exportações conjuntas em 297.500 barris por dia. Mas, mesmo com a redução da Noruega, o total do corte proposto por estes países é 52 mil barris diários menor do que exigia a Opep (500 mil barris por dia).

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