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Lula diz que Brasil está sólido, mas crise nos EUA afeta o mundo todo
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da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, no programa "Café com o Presidente", que o Brasil será afetado pela crise que atinge a economia dos Estados Unidos. Segundo Lula, apesar de o Brasil estar "numa situação tão sólida", é impossível que problemas na maior economia do mundo não se reflitam aqui.
"Você percebe que a crise americana já está aí há quase um ano, e até agora não houve nenhum problema com a economia brasileira. Por quê? Porque estamos exportando mais, a economia está crescendo, então nós estamos preparados para crescer, mesmo com a crise americana", disse Lula.
"Agora, é importante que o povo brasileiro saiba que uma crise de recessão num país importante como os Estados Unidos pode trazer problemas a todos os países do mundo. Eu estou convencido de que o Brasil, se tiver que passar por algum aperto, será muito pequeno, porque o Brasil diversificou a sua balança comercial", ponderou o presidente.
Lula destacou que na semana passada, ao abrir a Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas), "fez questão" de começar seu pronunciamento "denunciando a crise americana e chamando a atenção sobre o papel do funcionamento do sistema financeiro no mundo".
"O sistema financeiro também precisa ter muita ética, e a minha idéia é que daqui para a frente os bancos centrais possam se reunir em Basiléia e tomar medidas duras para investigar e controlar o sistema financeiro no mundo, porque não se pode mais permitir que as pessoas transformem um banco num verdadeiro cassino, onde o que vale é a aposta, sem medir as conseqüências dessas apostas."
O presidente afirmou ainda que o sistema financeiro brasileiro não está envolvido na crise. "Essa crise é dos banqueiros americanos, dos banqueiros europeus, não é dos banqueiros brasileiros. Portanto, é preciso que eles assumam responsabilidades."
Emprego
No programa, Lula disse que a economia brasileira vive uma fase "auspiciosa" de crescimento, ao comentar os índices de emprego e desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na semana passada.
"Os dados do IBGE mostram um mercado de trabalho em franca expansão. Em agosto deste ano, a taxa de desocupação baixou de 8,1% para 7,6% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas."
Lula lembrou que em 2008 foram criados quase 1,8 milhão de empregos e que, se o ritmo de crescimento continuar, o país pode chegar ao final do ano com mais de 2,2 milhões de novas vagas.
"Precisamos fazer com que a massa salarial cresça ainda mais porque é o que importa. Na medida em que o trabalhador ganha um pouco mais, ele vai comprar uma roupa, um sapato, mais comida, eletrodoméstico, fazer uma pequena poupança, arrumar a casa dele. E esse trabalhador ajuda a dinamizar a economia brasileira."
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