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27/07/2002
-
09h04
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Nova York
Reflexo da atual crise por que passam as Bolsas, pela primeira vez desde o ataque de 11 de setembro uma pesquisa de opinião constata que o americano está mais preocupado com a situação da economia do país do que com a possibilidade de um novo atentado terrorista.
Segundo levantamento divulgado ontem e feito a pedido da emissora NBC e do diário econômico "The Wall Street Journal", a situação do mercado tira a tranquilidade de 59% dos ouvidos, contra 51% que temem um novo atentado nos EUA. Os entrevistados podiam escolher mais de uma resposta para essa pergunta.
Dos aflitos pela economia, 31% se preocupam com corrupção contábil nas empresas e 28%, com a queda nas Bolsas (28%). Mais da metade dos ouvidos disseram que o assunto terrorismo já não é tão presente em suas vidas como em 2001, lugar agora ocupado pela situação dos mercados.
Na mesma linha, 32% dos pesquisados apontaram a frase "fortalecer a economia" como prioridade atual do governo, contra 33% dos que ainda acham que a afirmação "combater o terrorismo" seja o principal.
A pesquisa é a primeira a comparar as prioridades e constatar a mudança de foco da população americana desde que começou a onda de escândalos contábeis envolvendo grandes empresas, um fenômeno batizado de "contabilidade criativa".
Ainda de acordo com o levantamento, apenas 9% dos ouvidos confiam nos corretores de Bolsa, contra 10% nos vendedores de carros usados, tradicionalmente os mais desacreditados pela população. Já os empresários ganharam parcos 12% de crédito.
Ontem ainda foi divulgado que o índice de confiança do consumidor americano atingiu seu nível mais baixo desde novembro de 2001, um mês antes do início do escândalo na Enron.
Segundo o levantamento mensal da Universidade de Michigan, o índice de julho é de 88,1 pontos, uma queda de em relação ao mês anterior (92,4 pontos). O índice de condições atuais, que mede a visão do americano sobre sua presente situação financeira, caiu levemente de 99,5 pontos em junho para 99,3 pontos.
Já o índice de expectativas, que mede as atitudes dos consumidores em relação aos próximos 12 meses, recuou de 87,9 pontos em junho para 81 pontos em julho.
Ainda assim, o mercado comemorou o resultado, melhor que o esperado pelos analistas.
Economia já preocupa mais que terrorismo nos EUA
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da Folha de S.Paulo, em Nova York
Reflexo da atual crise por que passam as Bolsas, pela primeira vez desde o ataque de 11 de setembro uma pesquisa de opinião constata que o americano está mais preocupado com a situação da economia do país do que com a possibilidade de um novo atentado terrorista.
Segundo levantamento divulgado ontem e feito a pedido da emissora NBC e do diário econômico "The Wall Street Journal", a situação do mercado tira a tranquilidade de 59% dos ouvidos, contra 51% que temem um novo atentado nos EUA. Os entrevistados podiam escolher mais de uma resposta para essa pergunta.
Dos aflitos pela economia, 31% se preocupam com corrupção contábil nas empresas e 28%, com a queda nas Bolsas (28%). Mais da metade dos ouvidos disseram que o assunto terrorismo já não é tão presente em suas vidas como em 2001, lugar agora ocupado pela situação dos mercados.
Na mesma linha, 32% dos pesquisados apontaram a frase "fortalecer a economia" como prioridade atual do governo, contra 33% dos que ainda acham que a afirmação "combater o terrorismo" seja o principal.
A pesquisa é a primeira a comparar as prioridades e constatar a mudança de foco da população americana desde que começou a onda de escândalos contábeis envolvendo grandes empresas, um fenômeno batizado de "contabilidade criativa".
Ainda de acordo com o levantamento, apenas 9% dos ouvidos confiam nos corretores de Bolsa, contra 10% nos vendedores de carros usados, tradicionalmente os mais desacreditados pela população. Já os empresários ganharam parcos 12% de crédito.
Ontem ainda foi divulgado que o índice de confiança do consumidor americano atingiu seu nível mais baixo desde novembro de 2001, um mês antes do início do escândalo na Enron.
Segundo o levantamento mensal da Universidade de Michigan, o índice de julho é de 88,1 pontos, uma queda de em relação ao mês anterior (92,4 pontos). O índice de condições atuais, que mede a visão do americano sobre sua presente situação financeira, caiu levemente de 99,5 pontos em junho para 99,3 pontos.
Já o índice de expectativas, que mede as atitudes dos consumidores em relação aos próximos 12 meses, recuou de 87,9 pontos em junho para 81 pontos em julho.
Ainda assim, o mercado comemorou o resultado, melhor que o esperado pelos analistas.
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