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Balança de capitais a longo prazo volta a ter saldo positivo em fevereiro nos EUA
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da Folha Online
A balança de capitais de longo prazo nos Estados Unidos voltou a operar com saldo positivo em fevereiro, segundo dados oficiais publicados nesta quarta-feira pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Em seu relatório mensal, o Tesouro divulgou uma balança positiva de US$ 22 bilhões no mês, frente a um saldo negativo de US$ 25,1 bilhões em janeiro. O saldo é superior às previsões dos analistas que esperavam um superávit líquido de US$ 10 bilhões no Sistema Internacional de Capital (TIC, na sigla em inglês).
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A balança de capitais é a conta que envolve empréstimos, financiamentos, investimentos ou amortizações feitas em um país. É um dos itens que compõem o balanço de pagamentos, dado que registra o resultado de todas as transações de bens, serviços, transferências e fluxos de capital entre os países.
O fluxo de capitais no TIC fechou o mês com déficit de US$ 97 bilhões. Desse montante, o fluxo privado de capitais respondeu por um déficit de US$ 106,3 bilhões e o fluxo público teve superávit de US$ 9,3 bilhões.
Segundo o governo, o saldo demonstra um aumento da participação da China entre os maiores detentores de títulos do Tesouro. O país detém US$ 744,2 bilhões em obrigações do governo americano.
Em março, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, já havia demonstrado preocupação com o dinheiro que emprestou aos Estados Unidos, devido ao impacto da crise financeira mundial.
"Já emprestamos muito dinheiro aos Estados Unidos. É claro que estamos preocupados com a segurança de nossos ativos", afirmou. "Para ser sincero, estou um pouco preocupado. Quero pedir aos Estados Unidos que cumpram sua palavra e seus compromissos, preservando a segurança dos ativos chineses."
Na ocasião, o presidente do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Lawrence Summers, disse que o governo americano é um "zeloso guardião do dinheiro investido". "Existe um compromisso, que o presidente deixou bem claro, de que precisamos ser zelosos guardiães do dinheiro que investimos."
O Brasil aparece pouco atrás da China entre os maiores detentores de títulos do Tesouro americano, com US$ 130,8 bilhões em participação.
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