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12/12/2002
-
16h46
da Folha Online
O ex-presidente mundial do BankBoston e deputado federal eleito pelo PSDB, Henrique Meirelles, mal foi confirmado como futuro presidente do Banco Central e já recebeu uma lista de reivindicações da Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo). A principal delas é a redução da taxa de juros e a reforma tributária.
''Espero que o próximo governo tenha muita coragem de discutir abertamente o aumento da taxa de juros, de superávit primário. Mas tenha consciência muito clara que não podemos continuar com a mais alta taxa juros do mundo, com uma das mais altas cargas tributárias do mundo'', disse o presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva. ''Numa situação como a que estamos é preciso ter coragem e ousadia para reduzir a taxa de juros e não para aumentar.''
Piva sabe que não caberá a Meirelles a decisão de alterar ou não a taxa de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC. Essa decisão estará nas mãos da equipe comandada por Armínio Fraga. ''Espero que eles [Copom] não subam [os juros]. Não acredito que com juro alto possa se resolver o problema do câmbio. Temos agora que trabalhar na questão da credibilidade. Essa sim, com o seu crescimento pode fazer com que o impacto inflacionário seja menor e afastar o aumento dos juros que impacta demais uma economia excessivamente desacelerada.''
Na opinião de Piva, o que mais preocupa na discussão sobre a inflação é a dimensão que se dá ao problema do que o verdadeiro risco de escalada dos preços. ''A inflação preocupa, mas preocupa muito mais o fato de estarem impondo a isso uma dimensão muito maior do que deveria. Não que não seja grave. Mas é preciso compreender que existem instrumentos para que na inflação encontremos a solução, porque já encontramos a [solução] definitiva quando fizemos o Plano Real.''
Veja também o especial Governo Lula
Piva diz que novo presidente do BC precisa de "ousadia" para reduzir juros
FABIANA FUTEMAda Folha Online
O ex-presidente mundial do BankBoston e deputado federal eleito pelo PSDB, Henrique Meirelles, mal foi confirmado como futuro presidente do Banco Central e já recebeu uma lista de reivindicações da Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo). A principal delas é a redução da taxa de juros e a reforma tributária.
''Espero que o próximo governo tenha muita coragem de discutir abertamente o aumento da taxa de juros, de superávit primário. Mas tenha consciência muito clara que não podemos continuar com a mais alta taxa juros do mundo, com uma das mais altas cargas tributárias do mundo'', disse o presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva. ''Numa situação como a que estamos é preciso ter coragem e ousadia para reduzir a taxa de juros e não para aumentar.''
Piva sabe que não caberá a Meirelles a decisão de alterar ou não a taxa de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC. Essa decisão estará nas mãos da equipe comandada por Armínio Fraga. ''Espero que eles [Copom] não subam [os juros]. Não acredito que com juro alto possa se resolver o problema do câmbio. Temos agora que trabalhar na questão da credibilidade. Essa sim, com o seu crescimento pode fazer com que o impacto inflacionário seja menor e afastar o aumento dos juros que impacta demais uma economia excessivamente desacelerada.''
Na opinião de Piva, o que mais preocupa na discussão sobre a inflação é a dimensão que se dá ao problema do que o verdadeiro risco de escalada dos preços. ''A inflação preocupa, mas preocupa muito mais o fato de estarem impondo a isso uma dimensão muito maior do que deveria. Não que não seja grave. Mas é preciso compreender que existem instrumentos para que na inflação encontremos a solução, porque já encontramos a [solução] definitiva quando fizemos o Plano Real.''
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