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28/01/2003
-
14h59
O Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), que terminou hoje, girou em torno quase que exclusivamente da crise com o Iraque. O evento, que começou na quinta-feira passada, coincidiu com a apresentação, no Conselho de Segurança da ONU, do informe dos inspetores sobre o desarmamento iraquiano, alimentando debates e conferências sobre as incertezas que caracterizam atualmente a economia mundial.
Neste contexto, os presentes em Davos não se atreveram a falar sobre crescimento mundial, limitando-se a fazer previsões sobre as conseqüências de um possível conflito no Iraque. O discurso feito domingo pelo secretário de Estado americano, Colin Powell, foi o momento mais esperado pelos cerca de 2 mil economistas e empresários presentes no evento.
Powell disse que a atual situação com o Iraque ''não pode continuar", aumentando ainda mais a pressão para uma intervenção militar contra o país árabe, que acusou de estar vinculado à rede Al-Qaeda. Também lembrou que os Estados Unidos estão preparados para atuar mesmo sem a ajuda de seus aliados.
O debate sobre a crise iraquiana ficou desequilibrado devido à ausência de chefes de Estado e de governo europeus, principalmente da França e da Alemanha, dois países que já expressaram suas reservas sobre a intenção americana de atacar Bagdá.
O próprio presidente do Fórum, Klaus Schwab, declarou-se 'decepcionado" por essas autoridades não terem aceitado o convite para falar em Davos. Em compensação, a América Latina enviou uma importante delegação à cidade suíça, liderada por cinco presidentes, o brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva; o mexicano, Vicente Fox; o argentino, Eduardo Duhalde; o colombiano, Alvaro Uribe e o peruano, Alejandro Toledo.
Lula, que chegou em Davos após participar do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, defendeu em seu discurso de domingo a paz e o combate à fome, pedindo ''mudanças na ordem mundial".
Sua intervenção recebeu elogios dos presentes em Davos, e sua gestão também foi elogiada por todos. ''O governo brasileiro está se saindo muito bem até agora", declarou a vice-diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Anne Krueger. ''Lida muito bem com as expectativas e tem uma análise responsável dos problemas", opinou a diretora.
Lula também foi elogiado pelo mega-investidor americano George Soros. Ele disse que presidente brasileiro é uma pessoa que quer fazer mudanças sociais. ''Mas é realista e entende que tem que fazê-lo com um política fiscal eficiente", acrescentou.
O diretor-executivo do Fórum, o ex-presidente da Costa Rica José María Figueres, garantiu que vai voltar a convidar o presidente brasileiro, no próximo ano. Os líderes latino-americanos criticaram em Davos os subsídios agrícolas e o protecionismo dos países ricos. Fica pendente a avaliação dessas reivindicações, que perderam impacto num fórum mais preocupado com a possível guerra no Iraque.
Discussões em Davos giraram em torno da crise com o Iraque
da France Presse, em Davos (Suíça)O Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), que terminou hoje, girou em torno quase que exclusivamente da crise com o Iraque. O evento, que começou na quinta-feira passada, coincidiu com a apresentação, no Conselho de Segurança da ONU, do informe dos inspetores sobre o desarmamento iraquiano, alimentando debates e conferências sobre as incertezas que caracterizam atualmente a economia mundial.
Neste contexto, os presentes em Davos não se atreveram a falar sobre crescimento mundial, limitando-se a fazer previsões sobre as conseqüências de um possível conflito no Iraque. O discurso feito domingo pelo secretário de Estado americano, Colin Powell, foi o momento mais esperado pelos cerca de 2 mil economistas e empresários presentes no evento.
Powell disse que a atual situação com o Iraque ''não pode continuar", aumentando ainda mais a pressão para uma intervenção militar contra o país árabe, que acusou de estar vinculado à rede Al-Qaeda. Também lembrou que os Estados Unidos estão preparados para atuar mesmo sem a ajuda de seus aliados.
O debate sobre a crise iraquiana ficou desequilibrado devido à ausência de chefes de Estado e de governo europeus, principalmente da França e da Alemanha, dois países que já expressaram suas reservas sobre a intenção americana de atacar Bagdá.
O próprio presidente do Fórum, Klaus Schwab, declarou-se 'decepcionado" por essas autoridades não terem aceitado o convite para falar em Davos. Em compensação, a América Latina enviou uma importante delegação à cidade suíça, liderada por cinco presidentes, o brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva; o mexicano, Vicente Fox; o argentino, Eduardo Duhalde; o colombiano, Alvaro Uribe e o peruano, Alejandro Toledo.
Lula, que chegou em Davos após participar do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, defendeu em seu discurso de domingo a paz e o combate à fome, pedindo ''mudanças na ordem mundial".
Sua intervenção recebeu elogios dos presentes em Davos, e sua gestão também foi elogiada por todos. ''O governo brasileiro está se saindo muito bem até agora", declarou a vice-diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Anne Krueger. ''Lida muito bem com as expectativas e tem uma análise responsável dos problemas", opinou a diretora.
Lula também foi elogiado pelo mega-investidor americano George Soros. Ele disse que presidente brasileiro é uma pessoa que quer fazer mudanças sociais. ''Mas é realista e entende que tem que fazê-lo com um política fiscal eficiente", acrescentou.
O diretor-executivo do Fórum, o ex-presidente da Costa Rica José María Figueres, garantiu que vai voltar a convidar o presidente brasileiro, no próximo ano. Os líderes latino-americanos criticaram em Davos os subsídios agrícolas e o protecionismo dos países ricos. Fica pendente a avaliação dessas reivindicações, que perderam impacto num fórum mais preocupado com a possível guerra no Iraque.
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