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18/02/2003 - 14h40

Governo cogita federalizar Eletropaulo, diz Pinguelli

ELAINE COTTA
da Folha Online, no Rio

Uma federalização da Eletropaulo, ou seja, o retorno do controle para as mãos do governo, é uma alternativa que não pode ser descartada, segundo o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa.

A Eletropaulo, controlada pela norte-americana AES, vem sendo alvo de diversas discussões entre setores do governo (Eletrobrás, Ministério de Minas e Energia e BNDES) após ter deixado de honrar uma dívida de US$ 85 milhões que tem com o BNDES no dia 31 de janeiro.

"A Eletropaulo não tem dívida com a Eletrobras. A questão é do BNDES", disse Pinguelli. "Tomar a empresa não é um plano, mas essa é uma possibilidade que não pode ser descartada. Se o governo desejar, [a Eletropaulo] pode vir a ser administrada pela Eletrobrás", afirmou Pinguelli.

A retomada do controle da empresa já chegou a ser cogitada pela ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia). Ela afirmou que o BNDES poderá fazer uso das garantias dadas pela AES no contrato de privatização da empresa paulista.

Isso significa que o banco pode assumir o controle da Eletropaulo caso a AES não honre seus compromissos. A norte-americana tem uma dívida de US$ 1,1 bilhão com o BNDES.

Pinguelli, que esteve reunido ontem com o presidente do BNDES, Carlos Lessa, e com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquin, afirmou ainda que o governo irá cobrar a dívida da AES judicialmente se for preciso.

"O que não pode é dizer não pago. Nesse caso, vai haver intervenção. Uma coisa dessas não pode ficar impune", disse Pinguelli, lembrando que o governo estará aberto para negociação caso a AES se prontifique a tentar renegociar a dívida.

Na última sexta-feira, o presidente do BNDES afirmou que uma solução para crise da Eletropaulo deve sair ainda em fevereiro. O BNDES já concordou em postergar o vencimento da dívida de US$ 85 milhões para 28 de fevereiro.

Segundo Lessa, uma solução para o caso da Eletropaulo é de "imensa importância para o país", pois a empresa paulista detém 14% do mercado de energia do Brasil.
 

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