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01/04/2003
-
20h07
Os argentinos poderão começar a sacar o dinheiro que está preso no ''corralón'' (medida que há quase um ano congelou o dinheiro depositado em fundos de investimentos e outras aplicações de prazo fixo) a partir da segunda-feira.
O governo do presidente Eduardo Duhalde publicou hoje no Diário Oficial o decreto de Reordenamento do Sistema Financeiro.
Como os correntistas podem iniciar os saques, de forma escalonada, cinco dias após a publicação, o dinheiro passará a ficar disponível a partir do dia 7 de abril, próxima segunda-feira.
Com 14 artigos, o decreto beneficia cerca de 400 mil correntistas com depósitos feitos originalmente em dólares e retidos pelo desde dezembro de 2001.
"Muitos correntistas vão aceitar a nova modalidade de resgate, que se aproxima bastante do que tinham nos depósitos bancários à época do confisco já que, hoje, o mesmo montante, tem muito mais poder de compra", afirmou Duhalde.
Os correntistas receberão uma parte do dinheiro em pesos, numa cotação de 2,05 pesos por dólar, enquanto a diferença entre o preço do dólar de hoje, que era de 3,00 pesos, será pago em bônus do governo argentino - os chamados Boden 2013 -, nos próximos 10 anos.
O decreto estabelece também que o preço do dólar para calcular a compensação com Boden 2013 corresponderá ao valor de referência fixado na segunda-feira pelo Banco Central argentino para a moeda norte-americana.
"O governo estabeleceu as bases para a abertura dos depósitos. Essas bases são opcionais e, ao mesmo tempo, são um piso mínimo para os bancos", assegurou o chefe do gabinete argentino Alfredo Atanasof.
Ele explicou que "os bancos têm possibilidade de oferecer todas as variantes que acreditem ser oportunas e possam sustentar em função da liquidez que tenham''.
A norma determina a devolução de forma escalonada, começando pelos depósitos de até 42 mil pesos (US$ 13,9 mil), que serão liberados de imediato.
Os depósitos entre 42.000 e 100.000 pesos serão pagos, a prazo fixo, em 90 dias, enquanto os valores superiores a 100.000 pesos serão pagos em prazo fixo de 120 dias e juros de 2% anuais.
O fim das restrições foi anunciado na quinta-feira passada pelo presidente Eduardo Duhalde.
O "corralón" mantém nos bancos portenhos cerca de 12,3 bilhões de pesos, US$ 4 bilhões, dos correntistas, sobre um total de US$ 60 bilhões congelados desde o fim do governo de Fernando de La Rua (1999-2001), para evitar o colapso do sistema financeiro.
Atualizado pelos índices de inflação e correções, o dinheiro dos correntistas chega a aproximadamente 17 bilhões de pesos.
O Presidente Duhalde dissera dias atrás que queria resolver o problema antes de concluir o mandato, em 25 de maio, independentemente de quem for eleito em 27 de abril ou 18 de maio, se houver segundo turno.
O "corralón" gerou protestos irados dos correntistas, que reclamavam a liberação de seus depósitos, constituindo-se numa das maiores dores de cabeça para o governo Duhalde, em meio a pior crise econômica do país, agora atenuada com a medida governamental.
O fim do "corralón" foi uma das condições exigidas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para assinar um acordo de curto prazo com a Argentina e refinanciar suas dívidas com os organismos multilaterais de cerca de US$ 11 bilhões.
Dinheiro do "corralón" argentino pode ser sacado na segunda-feira
da France Presse, em Buenos AiresOs argentinos poderão começar a sacar o dinheiro que está preso no ''corralón'' (medida que há quase um ano congelou o dinheiro depositado em fundos de investimentos e outras aplicações de prazo fixo) a partir da segunda-feira.
O governo do presidente Eduardo Duhalde publicou hoje no Diário Oficial o decreto de Reordenamento do Sistema Financeiro.
Como os correntistas podem iniciar os saques, de forma escalonada, cinco dias após a publicação, o dinheiro passará a ficar disponível a partir do dia 7 de abril, próxima segunda-feira.
Com 14 artigos, o decreto beneficia cerca de 400 mil correntistas com depósitos feitos originalmente em dólares e retidos pelo desde dezembro de 2001.
"Muitos correntistas vão aceitar a nova modalidade de resgate, que se aproxima bastante do que tinham nos depósitos bancários à época do confisco já que, hoje, o mesmo montante, tem muito mais poder de compra", afirmou Duhalde.
Os correntistas receberão uma parte do dinheiro em pesos, numa cotação de 2,05 pesos por dólar, enquanto a diferença entre o preço do dólar de hoje, que era de 3,00 pesos, será pago em bônus do governo argentino - os chamados Boden 2013 -, nos próximos 10 anos.
O decreto estabelece também que o preço do dólar para calcular a compensação com Boden 2013 corresponderá ao valor de referência fixado na segunda-feira pelo Banco Central argentino para a moeda norte-americana.
"O governo estabeleceu as bases para a abertura dos depósitos. Essas bases são opcionais e, ao mesmo tempo, são um piso mínimo para os bancos", assegurou o chefe do gabinete argentino Alfredo Atanasof.
Ele explicou que "os bancos têm possibilidade de oferecer todas as variantes que acreditem ser oportunas e possam sustentar em função da liquidez que tenham''.
A norma determina a devolução de forma escalonada, começando pelos depósitos de até 42 mil pesos (US$ 13,9 mil), que serão liberados de imediato.
Os depósitos entre 42.000 e 100.000 pesos serão pagos, a prazo fixo, em 90 dias, enquanto os valores superiores a 100.000 pesos serão pagos em prazo fixo de 120 dias e juros de 2% anuais.
O fim das restrições foi anunciado na quinta-feira passada pelo presidente Eduardo Duhalde.
O "corralón" mantém nos bancos portenhos cerca de 12,3 bilhões de pesos, US$ 4 bilhões, dos correntistas, sobre um total de US$ 60 bilhões congelados desde o fim do governo de Fernando de La Rua (1999-2001), para evitar o colapso do sistema financeiro.
Atualizado pelos índices de inflação e correções, o dinheiro dos correntistas chega a aproximadamente 17 bilhões de pesos.
O Presidente Duhalde dissera dias atrás que queria resolver o problema antes de concluir o mandato, em 25 de maio, independentemente de quem for eleito em 27 de abril ou 18 de maio, se houver segundo turno.
O "corralón" gerou protestos irados dos correntistas, que reclamavam a liberação de seus depósitos, constituindo-se numa das maiores dores de cabeça para o governo Duhalde, em meio a pior crise econômica do país, agora atenuada com a medida governamental.
O fim do "corralón" foi uma das condições exigidas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para assinar um acordo de curto prazo com a Argentina e refinanciar suas dívidas com os organismos multilaterais de cerca de US$ 11 bilhões.
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