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22/05/2010 - 19h21

Ministro argentino nega a imposição de barreiras à importação de alimentos

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da Ansa, em Buenos Aires

O ministro da Economia argentino, Amado Boudou, afirmou hoje que "não há restrições" ao ingresso de alimentos, como temem os países vizinhos, e destacou as importantes relações com o Brasil, "muito importante para o crescimento" de sua nação.

Consultado pela Ansa sobre a versão que circula na imprensa de que o governo argentino pretende aplicar novas barreiras comerciais à importação de alimentos, o que gerou preocupação dos outros membros do Mercosul (além de Brasil, Paraguai e Uruguai), Boudou esclareceu que "não há medida alguma nesse sentido".

Ele enfatizou ainda a "sociedade com o Brasil, como um motor muito importante para o crescimento" da Argentina, que este ano deverá chegar a "mais de 5%" do PIB (Produto Interno Bruto), com um "superavit fiscal de 2%".

Segundo Boudou, há também boas perspectivas para as commodities agropecuárias argentinas, que têm uma "demanda sustentável" no mundo e "muito bons preços", diferentemente de outros produtos, como o petróleo, cujos valores apresentam uma "grande volatilidade".

Dívida externa

Questionado a respeito do plano de troca dos títulos da dívida que permanecem em default desde 2001, Boudou afirmou que a Argentina "mostra a sua vontade e capacidade de pagamento", recordando este é "um momento em que os países não estão cumprindo com suas dívidas".

Anunciada em abril passado e com previsão de amortização de 66,3%, além de um acréscimo futuro equivalente ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a proposta conseguiu a adesão de 45% dos credores até o momento. A aceitação pode ser anunciada até o próximo dia 7.

Antes, em declarações a uma rádio local, o titular da pasta da Economia estimou uma adesão final de "ao menos 60%" do montante original.

Por outro lado, em relação à dívida com os países do Clube de Paris, ele explicou que "é mais um problema de estrutura do que de quantia, porque é uma dívida de US$ 7 bilhões, não é um montante importante, pelo menos em términos de troca".

"Estamos buscando a melhor reestruturação possível", disse o ministro, destacando que a "Argentina cumpriu pontualmente todos os seus compromissos nos últimos anos, tem um nível de dívida muito baixo".

"Em 2003, a relação dívida/PIB era de 170% (...). Hoje, é de 40%, o que permite ter capacidade de pagamento", completou.

 

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