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20/09/2003
-
08h48
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O empréstimo com desconto em folha de pagamento já é apontado como melhor negócio do que a maioria dos demais modalidades de crédito para pessoa física, como crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito, segundo especialistas.
O presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), Miguel de Oliveira, afirmou que o empréstimo com desconto em folha pode ser uma alternativa para o trabalhador que pretende quitar uma dívida mais cara.
Esse é o caso do cartão de crédito, onde a taxa de juro mensal varia de 7% a 11% ao mês, e ultrapassa o patamar de 200% no ano. Na lista de dívidas caras também está o cheque especial. Em setembro, a taxa média do cheque especial ficou em 8,50% ao mês, o equivalente a 166,27% ao ano, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP.
Fim da agiotagem
As centrais sindicais esperam que as facilidades concedidas pelo governo para o empréstimo com desconto em folha de pagamento tire uma parcela da população da "mão dos agiotas". No entanto, os sindicalistas admitem que as taxas oferecidas pelos bancos ainda são altas.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, vai encomendar uma pesquisa para verificar se os bancos estão repassando para os juros do crédito os cortes feitos na Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
"Os juros para o consumidor precisam cair na ponta. Nada justifica a agiotagem oficial dos bancos", disse Marinho.
Segundo Marinho, os cortes feitos na Selic já deveriam ter sido suficientes para promover uma redução maior das taxas de juros bancárias.
"Por falta de R$ 300, o trabalhador entra num parafuso e para sair do sufoco cai na agiotagem. E aí, no mês seguinte, tem que pagar um juro absurdo ou sair matando. E com isso entra no fundo do poço", disse o secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalhador), Canindé Pegado.
Troca de dívida
Mesmo criticando os juros bancários, os sindicalistas acreditam que o empréstimo com desconto no holerite já é um primeiro passo para pressionar as instituições financeiras a reduzirem os juros por meio da competição pela folha de pagamento das empresas.
"Queremos dar a chance do trabalhador flexibilizar no tempo, em 36 ou 48 prestações, se livrar de uma dívida cara ou então melhorar um negócio", afirmou o secretário-geral da CGT.
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Desconto em folha é apontado como alternativa para quitar dívidas
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da Folha Online
O empréstimo com desconto em folha de pagamento já é apontado como melhor negócio do que a maioria dos demais modalidades de crédito para pessoa física, como crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito, segundo especialistas.
O presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), Miguel de Oliveira, afirmou que o empréstimo com desconto em folha pode ser uma alternativa para o trabalhador que pretende quitar uma dívida mais cara.
Esse é o caso do cartão de crédito, onde a taxa de juro mensal varia de 7% a 11% ao mês, e ultrapassa o patamar de 200% no ano. Na lista de dívidas caras também está o cheque especial. Em setembro, a taxa média do cheque especial ficou em 8,50% ao mês, o equivalente a 166,27% ao ano, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP.
Fim da agiotagem
As centrais sindicais esperam que as facilidades concedidas pelo governo para o empréstimo com desconto em folha de pagamento tire uma parcela da população da "mão dos agiotas". No entanto, os sindicalistas admitem que as taxas oferecidas pelos bancos ainda são altas.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, vai encomendar uma pesquisa para verificar se os bancos estão repassando para os juros do crédito os cortes feitos na Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
"Os juros para o consumidor precisam cair na ponta. Nada justifica a agiotagem oficial dos bancos", disse Marinho.
Segundo Marinho, os cortes feitos na Selic já deveriam ter sido suficientes para promover uma redução maior das taxas de juros bancárias.
"Por falta de R$ 300, o trabalhador entra num parafuso e para sair do sufoco cai na agiotagem. E aí, no mês seguinte, tem que pagar um juro absurdo ou sair matando. E com isso entra no fundo do poço", disse o secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalhador), Canindé Pegado.
Troca de dívida
Mesmo criticando os juros bancários, os sindicalistas acreditam que o empréstimo com desconto no holerite já é um primeiro passo para pressionar as instituições financeiras a reduzirem os juros por meio da competição pela folha de pagamento das empresas.
"Queremos dar a chance do trabalhador flexibilizar no tempo, em 36 ou 48 prestações, se livrar de uma dívida cara ou então melhorar um negócio", afirmou o secretário-geral da CGT.
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