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22/09/2003
-
12h39
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A hegemonia do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal sobre a operação dos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) está com os dias contados se depender da vontade de integrantes do Codefat (Conselho Deliberativo do FAT). O FAT tem R$ 2,159 bilhões livres para serem aplicados em programas de incentivo à geração de emprego e ampliação da renda. Integrantes do Conselho querem flexibilizar os repasses do FAT, feitos hoje exclusivamente por meio dos bancos públicos federais.
"A rede bancária privada também deve receber os recursos do FAT e também entrar no processo de competitividade por juro. Não é só repassando o dinheiro do FAT para a Caixa e BB que conseguiremos baixar os juros", disse o secretário-geral da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), Canindé Pegado, e ex-presidente do Codefat.
O sindicalista afirmou que o programa de financiamento de eletrodomésticos da linha branca (fogão, geladeira e lavadora de roupa) e marrom (televisor) com recursos do FAT poderia ser mais competitiva se os recursos não tivessem sido repassados com exclusividade para a Caixa e BB. Os dois bancos --que vão receber juntos R$ 400 milhões do FAT-- vão oferecer empréstimos de R$ 100 a R$ 900 para a compra destes eletrodomésticos a uma taxa de juros mensal de 2,53%.
"Se houvesse uma flexibilização de regras, o Bradesco ou qualquer outro banco privado poderia oferecer taxas ainda menores nessa linha FAT-linha branca", disse Pegado.
O FolhaNews apurou que, além da CGT, a Força Sindical e bancos privados já sinalizaram ao Codefat o interesse de dividir os recursos do FAT que são repassados para a operação de programas sociais.
O Fundo
O FAT custeia hoje uma série de programas sociais federais, como o seguro-desemprego e o abono salarial. O abono salarial e os rendimentos do PIS/Pasep são pagos hoje exclusivamente pelas agências da Caixa (trabalhadores da iniciativa privada) e BB (servidores).
Se a proposta de descentralização dos recursos for aprovada no Codefat, todos os bancos privados poderiam passar a pagar o abono salarial e os rendimentos do PIS/Pasep.
Bancos privados querem disputar recursos do FAT com BB e Caixa
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da Folha Online
A hegemonia do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal sobre a operação dos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) está com os dias contados se depender da vontade de integrantes do Codefat (Conselho Deliberativo do FAT). O FAT tem R$ 2,159 bilhões livres para serem aplicados em programas de incentivo à geração de emprego e ampliação da renda. Integrantes do Conselho querem flexibilizar os repasses do FAT, feitos hoje exclusivamente por meio dos bancos públicos federais.
"A rede bancária privada também deve receber os recursos do FAT e também entrar no processo de competitividade por juro. Não é só repassando o dinheiro do FAT para a Caixa e BB que conseguiremos baixar os juros", disse o secretário-geral da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), Canindé Pegado, e ex-presidente do Codefat.
O sindicalista afirmou que o programa de financiamento de eletrodomésticos da linha branca (fogão, geladeira e lavadora de roupa) e marrom (televisor) com recursos do FAT poderia ser mais competitiva se os recursos não tivessem sido repassados com exclusividade para a Caixa e BB. Os dois bancos --que vão receber juntos R$ 400 milhões do FAT-- vão oferecer empréstimos de R$ 100 a R$ 900 para a compra destes eletrodomésticos a uma taxa de juros mensal de 2,53%.
"Se houvesse uma flexibilização de regras, o Bradesco ou qualquer outro banco privado poderia oferecer taxas ainda menores nessa linha FAT-linha branca", disse Pegado.
O FolhaNews apurou que, além da CGT, a Força Sindical e bancos privados já sinalizaram ao Codefat o interesse de dividir os recursos do FAT que são repassados para a operação de programas sociais.
O Fundo
O FAT custeia hoje uma série de programas sociais federais, como o seguro-desemprego e o abono salarial. O abono salarial e os rendimentos do PIS/Pasep são pagos hoje exclusivamente pelas agências da Caixa (trabalhadores da iniciativa privada) e BB (servidores).
Se a proposta de descentralização dos recursos for aprovada no Codefat, todos os bancos privados poderiam passar a pagar o abono salarial e os rendimentos do PIS/Pasep.
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