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03/10/2003
-
17h08
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O volume de empréstimos com desconto em folha de pagamento deverá atingir R$ 100 bilhões dentro de 12 meses, segundo o consultor Antoninho Marmo Trevisan.
Para o consultor, que qualificou os bancos que poderão oferecer esse tipo de empréstimo realizada hoje, os juros mais baixos a serem cobrados deverão estimular a demanda por crédito. Essa também seria a aposta dos bancos.
Segundo Trevisan, os cinco maiores bancos que fazem parte da lista das 19 instituições pré-selecionadas para a concessão do crédito com desconto em folha devem direcionar R$ 50 bilhões para a operação. Apenas o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal entrariam com R$ 15 bilhões cada um.
Técnicos da Trevisan Consultoria Empresarial acreditam também que, no prazo de dois anos, a nova modalidade de crédito deverá aumentar em cinco pontos percentuais o volume de empréstimos em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). Hoje o total de empréstimos concedidos pelos bancos equivale a cerca de 24,7% do PIB. Em países desenvolvidos, essa proporção chega a ultrapassar os 100%.
Os cálculos foram feitos com base nas propostas feitas pelos bancos interessados em disputar o crédito com desconto em folha.
Os juros oferecidos pelos bancos --de 1,78% a 4% ao mês-- serão mais baixos porque a Medida Provisória que regulamentou essas operações "neutralizou" o argumento de que era necessário cobrar juros altos no Brasil devido aos altos índices de inadimplência.
"Os bancos não emprestavam porque diziam que não tinham garantia para o pagamento. O argumento da falta de garantia foi neutralizado pela MP", disse o consultor.
Entre as garantias que a MP oferece para os bancos está a possibilidade de descontar até 30% do valor da rescisão de contrato dos trabalhadores que forem demitidos antes de concluírem o pagamento do empréstimo.
Se o valor da rescisão for insuficiente para cobrir o saldo devedor, o trabalhador demitido deverá continuar a pagar as prestações restantes diretamente ao banco.
Reação em cascata
Para Trevisan, a redução do juro do empréstimo com desconto em folha também deverá provocar uma "reação em cascata" em outras modalidades de crédito. "Estou muito otimista com a regulamentação desse crédito. Abre espaço para a redução das taxas de juros de outras naturezas, como o crediário do varejo", disse o consultor.
Segundo a Trevisan, mesmo a Caixa Econômica, que vai oferecer empréstimos com desconto em folha a um juro mínimo de 1,78% ao mês, poderá ter um ganho de 4% ao ano com essas operações. O cálculo leva em conta um custo de captação mensal de 1,3%.
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Crédito com desconto em folha deve somar R$ 100 bi em 1 ano, diz consultor
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O volume de empréstimos com desconto em folha de pagamento deverá atingir R$ 100 bilhões dentro de 12 meses, segundo o consultor Antoninho Marmo Trevisan.
Para o consultor, que qualificou os bancos que poderão oferecer esse tipo de empréstimo realizada hoje, os juros mais baixos a serem cobrados deverão estimular a demanda por crédito. Essa também seria a aposta dos bancos.
Segundo Trevisan, os cinco maiores bancos que fazem parte da lista das 19 instituições pré-selecionadas para a concessão do crédito com desconto em folha devem direcionar R$ 50 bilhões para a operação. Apenas o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal entrariam com R$ 15 bilhões cada um.
Técnicos da Trevisan Consultoria Empresarial acreditam também que, no prazo de dois anos, a nova modalidade de crédito deverá aumentar em cinco pontos percentuais o volume de empréstimos em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). Hoje o total de empréstimos concedidos pelos bancos equivale a cerca de 24,7% do PIB. Em países desenvolvidos, essa proporção chega a ultrapassar os 100%.
Os cálculos foram feitos com base nas propostas feitas pelos bancos interessados em disputar o crédito com desconto em folha.
Os juros oferecidos pelos bancos --de 1,78% a 4% ao mês-- serão mais baixos porque a Medida Provisória que regulamentou essas operações "neutralizou" o argumento de que era necessário cobrar juros altos no Brasil devido aos altos índices de inadimplência.
"Os bancos não emprestavam porque diziam que não tinham garantia para o pagamento. O argumento da falta de garantia foi neutralizado pela MP", disse o consultor.
Entre as garantias que a MP oferece para os bancos está a possibilidade de descontar até 30% do valor da rescisão de contrato dos trabalhadores que forem demitidos antes de concluírem o pagamento do empréstimo.
Se o valor da rescisão for insuficiente para cobrir o saldo devedor, o trabalhador demitido deverá continuar a pagar as prestações restantes diretamente ao banco.
Reação em cascata
Para Trevisan, a redução do juro do empréstimo com desconto em folha também deverá provocar uma "reação em cascata" em outras modalidades de crédito. "Estou muito otimista com a regulamentação desse crédito. Abre espaço para a redução das taxas de juros de outras naturezas, como o crediário do varejo", disse o consultor.
Segundo a Trevisan, mesmo a Caixa Econômica, que vai oferecer empréstimos com desconto em folha a um juro mínimo de 1,78% ao mês, poderá ter um ganho de 4% ao ano com essas operações. O cálculo leva em conta um custo de captação mensal de 1,3%.
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