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26/11/2003
-
12h45
EDUARDO CUCOLO
ELAINE COTTA
da Folha Online
As empresas estatais poderiam ajudar mais a estimular o crescimento do país se tivessem maior capacidade para investir. A afirmação foi feita hoje pelo presidente da Eletrobrás, Luiz Pingueli Rosa, em São Paulo, ao comentar o resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano, divulgado hoje pelo IBGE.
O PIB cresceu apenas 0,4% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior e teve retração de 1,5% em relação ao mesmo período de 2002. No acumulado do ano, o IBGE divulgou que houve uma retração de 0,3%.
Segundo Pingueli, os investimentos poderiam aumentar, mas para isso o governo precisaria restabelecer o equilíbrio entre controle orçamentário e gastos estatais.
O presidente da Eletrobras também voltou a criticar o Tesouro Nacional. Ele disse que a empresa estava "cheia de dinheiro" para investir mas que "o Tesouro carregou tudo".
No começo do mês, Pingueli já havia criticado o Tesouro ao afirmar que a Eletrobrás estava sendo vítima de uma "malandragem" do Tesouro Nacional, que aumentou a contribuição da estatal em relação ao esforço fiscal feito este ano pelo governo federal.
Na época, Pinguelli disse que já teve várias discussões com o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, por causa da separação entre a Eletrobrás e Itaipu na hora de contribuir com o superávit primário (dinheiro que o governo economiza para pagar os juros da dívida) que será de 4,25% do PIB neste e no próximo ano.
Segundo ele, a Eletrobrás teria levado uma "bronca" em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Levy por "só" contribuir com R$ 1,5 bilhão para o superávit. Ele disse que Itaipu binacional entra com mais R$ 4,5 bilhões, o que totaliza R$ 6 bilhões.
Pinguelli não é o único funcionário do segundo escalão do governo que está em atrito com o Tesouro Nacional. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Darc da Costa, chamou a Secretária do Tesouro de "secretaria da tesoura", em referência aos cortes e ajuste promovidos por Levy na condução da pasta.
Pinguelli critica Tesouro e pede mais investimentos de estatais
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ELAINE COTTA
da Folha Online
As empresas estatais poderiam ajudar mais a estimular o crescimento do país se tivessem maior capacidade para investir. A afirmação foi feita hoje pelo presidente da Eletrobrás, Luiz Pingueli Rosa, em São Paulo, ao comentar o resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano, divulgado hoje pelo IBGE.
O PIB cresceu apenas 0,4% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior e teve retração de 1,5% em relação ao mesmo período de 2002. No acumulado do ano, o IBGE divulgou que houve uma retração de 0,3%.
Segundo Pingueli, os investimentos poderiam aumentar, mas para isso o governo precisaria restabelecer o equilíbrio entre controle orçamentário e gastos estatais.
O presidente da Eletrobras também voltou a criticar o Tesouro Nacional. Ele disse que a empresa estava "cheia de dinheiro" para investir mas que "o Tesouro carregou tudo".
No começo do mês, Pingueli já havia criticado o Tesouro ao afirmar que a Eletrobrás estava sendo vítima de uma "malandragem" do Tesouro Nacional, que aumentou a contribuição da estatal em relação ao esforço fiscal feito este ano pelo governo federal.
Na época, Pinguelli disse que já teve várias discussões com o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, por causa da separação entre a Eletrobrás e Itaipu na hora de contribuir com o superávit primário (dinheiro que o governo economiza para pagar os juros da dívida) que será de 4,25% do PIB neste e no próximo ano.
Segundo ele, a Eletrobrás teria levado uma "bronca" em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Levy por "só" contribuir com R$ 1,5 bilhão para o superávit. Ele disse que Itaipu binacional entra com mais R$ 4,5 bilhões, o que totaliza R$ 6 bilhões.
Pinguelli não é o único funcionário do segundo escalão do governo que está em atrito com o Tesouro Nacional. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Darc da Costa, chamou a Secretária do Tesouro de "secretaria da tesoura", em referência aos cortes e ajuste promovidos por Levy na condução da pasta.
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