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02/12/2003
-
08h37
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
Mapear o genoma da principal praga que afeta a cajucultura no Nordeste, a antracnose do caju. Esse será um dos objetos de estudo a integrar a Renorbio (Rede Nordeste de Biotecnologia), formada por pesquisadores dos nove Estados do Nordeste para investir em estudos que desenvolvam técnicas para uma melhor convivência do homem com a região do semi-árido.
A rede fará parte do Insa (Instituto Nacional do Semi-Árido), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que terá sede em Campina Grande (PB), como anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para este ano já estão garantidos R$ 2,7 milhões que serão usados nas pesquisas, conforme publicação em edital.
A partir do Insa, serão coordenadas pesquisas de institutos e universidades do Nordeste para investir no desenvolvimento de tecnologias com o objetivo de resolver problemas da região.
"A pesquisa feita hoje no Nordeste é muito dispersa. Se nós temos um pesquisador do Ceará que escolheu o mesmo tema que um pesquisador da Bahia, por que não uni-los para que desenvolvam juntos a pesquisa, o que poderá trazer resultados muito mais interessantes para a região?", indaga o secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará, Hélio Barros.
Estímulo à ciência
O financiamento dos projetos de pesquisa será intermediado pelo BNB (Banco do Nordeste do Brasil). A coordenação da rede será feita por Luiz Antônio Barreto de Castro, chefe da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Para Barros, além de melhorar a própria convivência com o semi-árido, o Insa e a Renorbio serão meios para estimular o desenvolvimento da ciência e tecnologia entre os Estados nordestinos.
"O genoma do amarelinho [praga que afeta o plantio da laranja em São Paulo] foi mapeado porque havia interesse econômico para isso. Agora, com os recursos, poderemos investir no caju também", disse.
O semi-árido nordestino é uma região que abrange área de 912 mil km quadrados, onde vivem 22 milhões de pessoas, quase a metade dos habitantes do Nordeste.
Estudos
Para o desenvolvimento das pesquisas, o Nordeste conta, segundo dados do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), com 3.651 doutores em 32 disciplinas afins da biotecnologia.
Entre os temas a serem pesquisados pela Renorbio, estão estudos sobre a fertilidade e sobre a produtividade de caprinos e ovinos, e sobre a transformação de plantas para resolver problemas regionais, tais como resistência à salinidade, o estresse hídrico (falta de água no solo) e a resistência a doenças.
Também serão objeto de pesquisa estudos genéticos de populações indígenas regionais, a identificação de genes de resistência a pragas e doenças em espécies de interesse econômico na agropecuária e pesquisas voltadas para a saúde local, como a descoberta de vacinas e remédios para doenças comuns na região e de produtos alternativos para o combate à fome e à desnutrição.
Governo investe em pesquisa para diminuir problemas com caju
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da Agência Folha, em Fortaleza
Mapear o genoma da principal praga que afeta a cajucultura no Nordeste, a antracnose do caju. Esse será um dos objetos de estudo a integrar a Renorbio (Rede Nordeste de Biotecnologia), formada por pesquisadores dos nove Estados do Nordeste para investir em estudos que desenvolvam técnicas para uma melhor convivência do homem com a região do semi-árido.
A rede fará parte do Insa (Instituto Nacional do Semi-Árido), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que terá sede em Campina Grande (PB), como anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para este ano já estão garantidos R$ 2,7 milhões que serão usados nas pesquisas, conforme publicação em edital.
A partir do Insa, serão coordenadas pesquisas de institutos e universidades do Nordeste para investir no desenvolvimento de tecnologias com o objetivo de resolver problemas da região.
"A pesquisa feita hoje no Nordeste é muito dispersa. Se nós temos um pesquisador do Ceará que escolheu o mesmo tema que um pesquisador da Bahia, por que não uni-los para que desenvolvam juntos a pesquisa, o que poderá trazer resultados muito mais interessantes para a região?", indaga o secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará, Hélio Barros.
Estímulo à ciência
O financiamento dos projetos de pesquisa será intermediado pelo BNB (Banco do Nordeste do Brasil). A coordenação da rede será feita por Luiz Antônio Barreto de Castro, chefe da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Para Barros, além de melhorar a própria convivência com o semi-árido, o Insa e a Renorbio serão meios para estimular o desenvolvimento da ciência e tecnologia entre os Estados nordestinos.
"O genoma do amarelinho [praga que afeta o plantio da laranja em São Paulo] foi mapeado porque havia interesse econômico para isso. Agora, com os recursos, poderemos investir no caju também", disse.
O semi-árido nordestino é uma região que abrange área de 912 mil km quadrados, onde vivem 22 milhões de pessoas, quase a metade dos habitantes do Nordeste.
Estudos
Para o desenvolvimento das pesquisas, o Nordeste conta, segundo dados do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), com 3.651 doutores em 32 disciplinas afins da biotecnologia.
Entre os temas a serem pesquisados pela Renorbio, estão estudos sobre a fertilidade e sobre a produtividade de caprinos e ovinos, e sobre a transformação de plantas para resolver problemas regionais, tais como resistência à salinidade, o estresse hídrico (falta de água no solo) e a resistência a doenças.
Também serão objeto de pesquisa estudos genéticos de populações indígenas regionais, a identificação de genes de resistência a pragas e doenças em espécies de interesse econômico na agropecuária e pesquisas voltadas para a saúde local, como a descoberta de vacinas e remédios para doenças comuns na região e de produtos alternativos para o combate à fome e à desnutrição.
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