Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/12/2003 - 08h59

Para governo, novo modelo do setor elétrico trará "tranquilidade"

Publicidade

SANDRA BALBI
da Folha de S.Paulo

O novo modelo do setor elétrico será enviado ao Congresso na próxima semana e deverá "trazer tranquilidade ao setor", segundo afirmou ontem o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim.

"A versão final do modelo foi feita levando em conta as opiniões dos agentes do mercado de energia. Os investidores podem ficar tranquilos de que o marco regulatório não irá contrariar os interesses do setor", disse. Segundo ele, o mercado financeiro já teria "captado" essa tendência. "Por isso as ações das empresas de energia elétrica estão subindo".

Nos últimos 30 dias as ações da AES Elpa, controladora da Eletropaulo, subiram 429,4%. Só na segunda-feira, a alta foi de 92,9%. Eletropaulo PN subiu 68% do dia 1º de novembro a 1º de dezembro, Cataguazes ON subiu 108,6% e Cerj ON 92,9% no período.

Também as ações da Eletrobrás, a holding das geradoras estatais, estão em alta neste ano, segundo o presidente da empresa, Luiz Pinguelli Rosa. Nos últimos 30 dias o papel PNB da empresa subiu 10,2% acumulando alta de 83,2% no ano. "Isso mostra uma disposição dos investidores em apostar no setor", disse Pinguelli.

Analistas ouvidos pela Folha atribuem a valorização dos papéis à uma antecipação, pelo mercado, do impacto da divulgação do novo modelo. "A proximidade da regulamentação do setor criou uma expectativa no mercado de que as normas para definir os preços da energia elétrica serão, enfim, definidas e isso é positivo para o setor", diz Luiz Marcos Prudêncio, analista de investimentos da SLW Corretora de Valores.

Segundo Pinguelli, a Eletrobrás vem sendo procurada por instituições internacionais interessadas em montar operações de captação de recursos para a empresa no exterior. "Estamos discutindo com nossa diretoria financeira e com o ministério da Fazenda para definir como serão feitas essas captações no próximo ano."

Segundo Pinguelli, "pelo porte da Eletrobrás e dos investimentos necessários, essa captação teria de ser de, pelo menos, US$ 500 milhões. Mas tudo vai depender do andamento da economia", disse.

Racionamento

O secretário-executivo de Minas e Energia afastou a possibilidade de vir a ocorrer racionamento no Nordeste, em consequência da estiagem e baixo nível dos reservatórios. "A perda de capacidade da geração hidráulica está sendo suprida pelas térmicas", disse.

Segundo Tolmasquim, o ONS (Operador Nacional do Sistema) já decidiu despachar energia das termelétricas do PPT (Programa Prioritário de Termoeletricidade) para a região. Lançado em 1999, o programa previa a construção de mais de 40 usinas termelétricas. O programa nunca decolou e há apenas 12 usinas em operação.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página