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10/02/2004 - 09h49

Bradesco compra Banco do Maranhão na primeira privatização do governo Lula

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IVONE PORTES
da Folha Online

O Bradesco venceu hoje o leilão para a compra do BEM (Banco do Estado do Maranhão), realizado na Bolsa de Valores de São Paulo.

O banco ofereceu R$ 78 milhões pelo BEM, um ágio de 1,073% sobre o preço mínimo, fixado em R$ 77,172 milhões. Esse é o primeiro leilão de privatização do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Também estava na disputa o Itaú, que ofereceu o preço mínimo pelo banco maranhense.

Desde 1999, esse é o terceiro banco estatal adquirido pelo Bradesco. Naquele ano, o banco levou o Baneb (Banco do Estado da Bahia), por R$ 260 milhões; e, em 2002, ficou com o BEA (Banco do Estado do Amazonas), por R$ 1,372 bilhão.

Somente em 2003, o Bradesco comprou o BBV Brasil, a área de gestão de fundos do JPMorgan, o banco Zogbi e a financeira Finasa.

Um dos grandes atrativos do banco maranhense é a concentração de contas do funcionalismo público estadual e municipal.

Segundo informações do presidente do BEM, Reginaldo Brandt, a instituição maranhense possui atualmente cerca de 186 mil contas ativas, destas, aproximadamente 120 mil são de funcionários do Estado.

O Banco do Maranhão conta com 76 agências, sendo nove em São Luís e 67 distribuídas no interior.

O Bradesco, com uma rede de 25 agências no Maranhão --seis na capital e 19 no interior--, conta com 180 mil contas correntes ativas na região.

As operações do Banco do Maranhão serão assumidas pelo Bradesco no próximo dia 13, data em que está marcada a liquidação da compra do banco e a eleição de sua nova diretoria.

Lucros

O diretor-executivo do Bradesco, Sérgio de Oliveira, disse que acredita no desenvolvimento do Maranhão e afirmou esperar que a aquisição traga lucros para o conglomerado.

Sobre a incorporação, Oliveira afirmou que o BEM já trabalha com uma estrutura bastante enxuta de funcionário e possui tecnologia avançada.

Em alguns municípios do Maranhão, o único banco presente é o BEM, o que também chamou a atenção do Bradesco, segundo Oliveira.

O diretor de liquidações e desestatizações do Banco Central, Antônio Gustavo Matos do Vale, afirmou que o fato de a oferta de compra ter ficado próxima do preço mínimo mostrou que a avaliação do banco maranhense foi "bem feita".

"Mas a expectativa era que a oferta fosse maior", disse Vale.

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