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16/11/2004
-
21h17
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Depois da saída de Cássio Casseb da presidência do Banco do Brasil, a oposição no Congresso quer ver agora a demissão do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, segundo avaliação do líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM).
Para Virgílio, as denúncias que levaram à demissão de Casseb se somam à várias outras do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que devem ser investigadas.
"Tenho três hipóteses sobre as quais devemos refletir. Ou sai o Lessa, ou saem os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan; ou a gente conclui que não há governo no país",
disse Virgílio.
A saída de Casseb pegou de surpresa os líderes do governo no Congresso. Tanto o líder na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), como o líder no Senado, Aloizio Mercandante (PT-SP), não quiseram comentar o fato antes de saberem melhor sobre a saída do ex-presidente do Banco do Brasil.
Para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a demissão de Casseb não foi surpresa. O senador petista comentou que este foi mais um episódio que Casseb é instado a dar explicações, "em público ou em particular", para os integrantes do governo.
Suplicy observou que as contratações sem licitação de consultores feitas por Casseb, que levaram à sua demissão, foram aprovadas pelos Conselhos Diretor e Administrativo do Banco do Brasil.
"Os integrantes desses dois Conselhos são pessoas de confiança do ministro da Fazenda. Todos têm responsabilidade sobre os critérios de contratação", disse Suplicy.
Segundo o senador petista, problemas com contratações sem licitação e concorrência acontecem em todos os governos.
"Os consultores eram muito relacionados pessoalmente com Casseb. De um lado ele tinha conhecimento pessoal que garantia a capacidade destes consultores. De outro lado, tem o fato de ser um trabalho de remuneração alta, o que dificulta os princípios constitucionais para a escolha de quem vai ocupar esses cargos", disse Suplicy.
Suplicy lembrou que procurou Cássio Casseb durante o período em que o então presidente do Banco do Brasil foi alvo de denúncias de evasão de divisas na CPI do Banestado, e que ele se recusou a comparecer ao Congresso e dar explicações.
"Ele afirmou que teria dificuldade de vir aqui. Que algum senador poderia tratá-lo de maneira desrespeitosa. Ele não estava acostumado a ser cobrado desta forma. Esse último episódio se somou àquele e Casseb não deve ter se sentido à vontade para ficar no governo".
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da Folha Online, em Brasília
Depois da saída de Cássio Casseb da presidência do Banco do Brasil, a oposição no Congresso quer ver agora a demissão do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, segundo avaliação do líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM).
Para Virgílio, as denúncias que levaram à demissão de Casseb se somam à várias outras do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que devem ser investigadas.
"Tenho três hipóteses sobre as quais devemos refletir. Ou sai o Lessa, ou saem os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan; ou a gente conclui que não há governo no país",
disse Virgílio.
A saída de Casseb pegou de surpresa os líderes do governo no Congresso. Tanto o líder na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), como o líder no Senado, Aloizio Mercandante (PT-SP), não quiseram comentar o fato antes de saberem melhor sobre a saída do ex-presidente do Banco do Brasil.
Para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a demissão de Casseb não foi surpresa. O senador petista comentou que este foi mais um episódio que Casseb é instado a dar explicações, "em público ou em particular", para os integrantes do governo.
Suplicy observou que as contratações sem licitação de consultores feitas por Casseb, que levaram à sua demissão, foram aprovadas pelos Conselhos Diretor e Administrativo do Banco do Brasil.
"Os integrantes desses dois Conselhos são pessoas de confiança do ministro da Fazenda. Todos têm responsabilidade sobre os critérios de contratação", disse Suplicy.
Segundo o senador petista, problemas com contratações sem licitação e concorrência acontecem em todos os governos.
"Os consultores eram muito relacionados pessoalmente com Casseb. De um lado ele tinha conhecimento pessoal que garantia a capacidade destes consultores. De outro lado, tem o fato de ser um trabalho de remuneração alta, o que dificulta os princípios constitucionais para a escolha de quem vai ocupar esses cargos", disse Suplicy.
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