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24/03/2005 - 15h45

Compra da "TermoLuma" é boa para Petrobras, diz Merrill Lynch

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A norte-americana Merrill Lynch, uma das maiores corretoras de valores do mundo, considerou "muito positivo" o resultado do acordo preliminar anunciado hoje pela Petrobras para a compra de uma termelétrica no Ceará.

Alvo de uma batalha judicial com a empresa MPX, dona do empreendimento, a usina era conhecida como "TermoLuma", em referência a modelo Luma de Oliveira, ex-mulher do empresário Eike Batista, sócio da MPX.

Hoje a estatal anunciou que vai adquirir a unidade por US$ 137 milhões, incluindo as dívidas da TermoCeará e a parcela de US$ 5 milhões já depositada em juízo. A expectativa da Petrobras é concluir a operação em três meses ou antes.

Após o anúncio da Petrobras, a Merrill Lynch enviou aos investidores um relatório avaliando como "muito positivo" o resultado do acordo para a Petrobras.

Segundo a corretora, ao se tornar dona da usina, a estatal vai deixar de gastar US$ 50 milhões por ano. O preço do ativo (US$ 137 milhões) foi considerado pela instituição financeira como "muito atrativo".

Para a Merrill Lynch, a termelétrica poderá se tornar lucrativa no futuro. Ou seja, a "TermoLuma" pode virar uma fonte de ganhos para a Petrobras.

No início da disputa judicial com a MPX, a Petrobras queria adquirir a termelétrica por US$ 127 milhões. Batista pedia US$ 170 milhões. Sem o acordo anunciado hoje, o impasse corria o risco de parar em um comitê arbitral internacional.

O acordo entre a Petrobras e a MPX prevê a suspensão de processos judiciais em curso. Para acabar com o litígio, as duas já assinaram um termo de compromisso ("term sheet").

No pregão da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), as ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras são negociadas em alta de 0,77%, cotadas a R$ 102,09. Em Nova York, os papéis da estatal também registram valorização.

Custo alto

Fechado em 2002, logo após a crise de energia, o contrato com a MPX prevê que a Petrobras forneça gás para abastecer a térmica e fique com 50% da receita obtida com a energia vendida.

Mas a estatal assumiu os custos de operação da TermoCeará, que está sem produzir porque não há demanda. O que parecia um bom negócio num cenário de falta de energia se converteu em prejuízo para a estatal.

Atualmente, há sobra de energia hidrelétrica, cujos preços são mais competitivos do que os das térmicas.

Especial
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