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15/04/2005 - 19h43

Eucatex, de Maluf, prepara-se para sair de concordata

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A Eucatex, empresa ligada à família do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP), prepara-se para sair do processo de concordata, em que se está desde 2003.

Em nota enviada hoje à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a companhia, que é listada na Bovespa, disse, sem citar valores, ter depositado hoje a segunda parcela da concordata relativa aos credores quirografários [aqueles que não contam com nenhum tipo de garantia] e aguardará o pronunciamento da Justiça.

A empresa informou que, no último dia 12, a juíza Renata Cristina Rosa da Costa Silva, da 3ª Vara da Comarca de Salto (105 km a noroeste de São Paulo, sede da companhia), determinou a expedição do edital referente ao pedido de desistência da concordata da Eucatex O Química e Mineral Ltda, que atua nos setores de produtos de madeira, resinas e tintas.

O processo de concordata começou em 16 de abril de 2003. Devido ao processo, a ação da Eucatex chegou a ficar impedida de ser negociada na Bovespa, o que já não acontecia, pois o papel não tem liquidez.

Diariamente, a Bovespa divulga ao mercado a lista das empresas listadas sob o título "concordatárias". Além da Eucatex, estão Chapecó, Parmalat, Staroup, Lojas Hering e Ferragens Haga.

Juros e propina

Reportagem da "Folha", publicada no dia 17 de abril de 2003, informava a dívida do grupo Eucatex era de R$ 315 milhões. Fundado em 1951, o grupo culpou na época a "calamidade dos juros" e as "constantes desvalorizações cambiais" pelo pedido de concordata, pelo escritório Leite, Tosto e Barros Advogados.

Em depoimento no dia 16 de setembro de 2003, na CPI do Banestado, a ex-mulher do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (PSL), Nicéa Camargo, afirmou que Maluf comprou a parte de seu irmão, Roberto Maluf, da empresa Eucatex com recursos de um esquema de propinas e parte com dinheiro de terrenos. Pitta e Maluf negaram as declarações de Nicéa, que foi na época ameaçada de ser processada.

Especial
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