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19/04/2005
-
09h33
da Folha de S.Paulo
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, afirmou ontem em Nova York que "precisamos nos acostumar com o sucesso do Brasil" e que o país está pronto para crescer "10, 15, 20 anos".
Ao encerrar seu discurso a uma platéia de mais de 200 advogados e economistas, Palocci disse que em suas próximas visitas à cidade "a palavra crise fará parte do passado". O ministro da Fazenda participava de um encontro que durou das 8h30 às 14h, em que também discursaram outros ministros e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Na saída do evento, questionado se a declaração não era precipitada, Palocci reagiu: "Precipitado é sempre achar que o Brasil vai ter crises. Precisamos nos acostumar com o sucesso do Brasil, porque em todos os países começam hoje a comemorar o produto brasileiro, a bandeira brasileira, os produtos da nossa agricultura, da nossa indústria. Compram desde soja até avião". Para o ministro, o exemplo devia ser seguido: "Então acho que a gente poderia começar a copiar um pouco os estrangeiros quando eles falam do Brasil, e falam muito bem".
Depois da campanha a do governo Lula para mostrar que "o melhor do Brasil é o brasileiro", Palocci afirmou que suas declarações não têm tom ufanista. "Não se trata de você ter confiança apenas por ser brasileiro, mas o Brasil não pode temer o sucesso do seu processo econômico, é um país capacitado mesmo a ter dez anos de crescimento, por que não?"
"É um país forte, economicamente viável, com população extremamente trabalhadora e empresas criativas. Precisamos começar a pensar por que não podemos acreditar que vamos crescer dez anos. Tô achando até que dez é pouco, tem de ser de dez a 20, se não não tem graça", completou.
Mesmo com todo o otimismo, Palocci admitiu que pode haver turbulências, mas disse que seu efeito deve ser pequeno para o país. "O Brasil está preparado para atravessar um campo com chuvas, com ventos e não absorver nenhuma doença grave. O Brasil está preparado para um período de estabilidade, crescimento, e, se vier alguma pressão externa, vamos fazer o quê? Faz parte do cenário", minimizou Palocci.
Mais uma vez, não quis se estender em assuntos como um possível aumento do superávit no futuro e os temores de alta da inflação, "ainda mais em semana de Copom [Comitê de Política Monetária do BC, que define os juros]".
Rating estatal
Outro palestrante do encontro, o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, disse que vai divulgar nesta semana um estudo que compara o Brasil com outros países, como África do Sul, China, Peru, Colômbia, Turquia e Rússia.
Apesar de negar que seja uma contestação às agências de rating (que classificam os países com notas para os investidores), Levy, um crítico dessas classificações, admite que o estudo vai colocar mais um "elemento no debate".
De acordo com o secretário do Tesouro, "não é um rating, é uma análise" para que o próprio país conheça melhor seus dados.
País deve se acostumar ao sucesso, diz Palocci
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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, afirmou ontem em Nova York que "precisamos nos acostumar com o sucesso do Brasil" e que o país está pronto para crescer "10, 15, 20 anos".
Ao encerrar seu discurso a uma platéia de mais de 200 advogados e economistas, Palocci disse que em suas próximas visitas à cidade "a palavra crise fará parte do passado". O ministro da Fazenda participava de um encontro que durou das 8h30 às 14h, em que também discursaram outros ministros e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Na saída do evento, questionado se a declaração não era precipitada, Palocci reagiu: "Precipitado é sempre achar que o Brasil vai ter crises. Precisamos nos acostumar com o sucesso do Brasil, porque em todos os países começam hoje a comemorar o produto brasileiro, a bandeira brasileira, os produtos da nossa agricultura, da nossa indústria. Compram desde soja até avião". Para o ministro, o exemplo devia ser seguido: "Então acho que a gente poderia começar a copiar um pouco os estrangeiros quando eles falam do Brasil, e falam muito bem".
Depois da campanha a do governo Lula para mostrar que "o melhor do Brasil é o brasileiro", Palocci afirmou que suas declarações não têm tom ufanista. "Não se trata de você ter confiança apenas por ser brasileiro, mas o Brasil não pode temer o sucesso do seu processo econômico, é um país capacitado mesmo a ter dez anos de crescimento, por que não?"
"É um país forte, economicamente viável, com população extremamente trabalhadora e empresas criativas. Precisamos começar a pensar por que não podemos acreditar que vamos crescer dez anos. Tô achando até que dez é pouco, tem de ser de dez a 20, se não não tem graça", completou.
Mesmo com todo o otimismo, Palocci admitiu que pode haver turbulências, mas disse que seu efeito deve ser pequeno para o país. "O Brasil está preparado para atravessar um campo com chuvas, com ventos e não absorver nenhuma doença grave. O Brasil está preparado para um período de estabilidade, crescimento, e, se vier alguma pressão externa, vamos fazer o quê? Faz parte do cenário", minimizou Palocci.
Mais uma vez, não quis se estender em assuntos como um possível aumento do superávit no futuro e os temores de alta da inflação, "ainda mais em semana de Copom [Comitê de Política Monetária do BC, que define os juros]".
Rating estatal
Outro palestrante do encontro, o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, disse que vai divulgar nesta semana um estudo que compara o Brasil com outros países, como África do Sul, China, Peru, Colômbia, Turquia e Rússia.
Apesar de negar que seja uma contestação às agências de rating (que classificam os países com notas para os investidores), Levy, um crítico dessas classificações, admite que o estudo vai colocar mais um "elemento no debate".
De acordo com o secretário do Tesouro, "não é um rating, é uma análise" para que o próprio país conheça melhor seus dados.
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