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03/05/2005 - 10h02

Petróleo infla PIB per capita dos municípios

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

O perfil dos municípios com maior PIB per capita do país revela um traço comum: a indústria do petróleo. Oito dos 10 municípios de maior PIB per capita do Brasil contam com royalties ou indústrias petroquímicas.

Outra característica comum à maioria dos municípios onde o PIB per capita se destaca é a baixa densidade populacional. São localidades industriais onde nem toda a renda produzida dentro da área do município é apropriada pela população residente.



Os 10 maiores PIBs per capita do país são: São Francisco do Conde (Bahia), Triunfo (Rio Grande do Sul), Quissamã (Rio de Janeiro), Porto Real (Rio de Janeiro), Carapebus (Rio de Janeiro), Rio das Ostras (Rio de Janeiro), Garruchos (Rio Grande do Sul), Paulínia (São Paulo), Luis Antônio (São Paulo) e Armação dos Búzios (Rio de Janeiro).

O maior PIB per capita do país é impulsionado pela produção de propano, propeno, gás de cozinha, gasolina, nafta petroquímica, querosene e óleos combustíveis. Em São Francisco do Conde está instalada a Refinaria Landulpho Alves-Mataripe, a RLAM. Construída em 1949, a RLAM está diretamente ligada à descoberta dos primeiros poços de petróleo no país no Recôncavo Baiano. Em 1999 suas instalações foram ampliadas com a construção de mais uma unidade.

O município de Triunfo é sede do Pólo Petroquímico do Sul, implantado no início dos anos 80. Ele é formado pela Copesul, que opera a central de matérias-primas, e oito indústrias de segunda geração. Além disso, o município pertence à região metropolitana de Porto Alegre.

Quissamã, Carapebus, Rio das Ostras e Armação dos Búzios apresentam baixa concentração populacional e foram alçados à condição de municípios com alto PIB per capita em razão das parcelas dos royalties do petróleo e gás natural. Eles são considerados zona de produção principal de petróleo.

A economia do município de Paulínia é puxada pela produção de diesel, gasolina, nafta, querosene e coque na Replan. A refinaria foi inaugurada em 1972.

O PIB per capita dos demais municípios também foi impulsionado pela indústria. Em Luís Antônio encontram-se usinas de álcool e refinarias de açúcar e fábricas de papel e celulose. O crescimento iniciado em 2001 do município de Garruchos tem origem na construção de duas unidades conversoras de energia elétrica importada da Argentina e que é repassada para Ita (Santa Catarina). A energia importada da Argentina chega com 50 Hz e é transformada em 60 Hz. Além disso, o município tem uma população residente pequena.

Enquanto o PIB per capita atinge R$ 273.140 em São Francisco do Conde, a população de Bacuri (Maranhão) tem o menor PIB per capita do Brasil, de R$ 581.

Os 100 menores PIBs per capita do país estão concentrados no Maranhão. O Estado têm 83 municípios na lista de menores rendas per capita do Brasil. Os demais estão no Piauí, Ceará, Bahia, Pará e Tocantins.

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