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06/07/2005
-
17h58
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o banqueiro Edemar Cid Ferreira, dono do Banco Santos. Ele e outros 18 ex-diretores da instituição responderão pelos crimes de quadrilha, lavagem de dinheiro por organização criminosa e gestão fraudulenta de instituição financeira.
Cid Ferreira e o ex-superintendente do Santos, Mário Arcângelo Martinelli, responderão também pelo crime de manutenção de contas no exterior ilegalmente.
Todos os acusados serão interrogados entre os dias 22 e 26 de agosto. O MPF e a Justiça informaram que não há necessidade de prisão dos acusados, que responderão ao processo em liberdade.
A Justiça determinou também a continuidade da apreensão das obras de arte e objetos de decoração localizados na casa, no depósito de obras de arte e no Banco Santos. O juiz ainda manteve o seqüestro dos bens móveis e imóveis do ex-banqueiro.
Para o Ministério Público Federal, Cid Ferreira e os ex-diretores do Banco Santos dissimularam a origem do dinheiro dos vários crimes cometidos contra o SFN (Sistema Financeiro Nacional) por meio da compra de imóveis e obras de arte.
Na denúncia, o MPF alega que o Banco Santos realizava operações fraudulentas com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), empréstimos com finalidade diversa da original, caixa dois e evasão de divisas para lavar o dinheiro.
O juiz também determinou o arquivamento das investigações contra outros três ex-diretores do banco indiciados pela Polícia Federal: Daniel Saraiva Santos, Abner Parada Júnior e Ricardo Ancede Gribel.
O Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central no dia 12 de novembro do ano passado. No dia 4 de maio, o BC decretou sua liquidação extrajudicial, após identificar um rombo de R$ 2,236 bilhões nas contas da instituição. No dia 24 de maio, bens do banco começaram a ser leiloados.
Polícia Federal
No mês passado, Cid Ferreira já havia sido indiciado pela Polícia Federal sob acusação de cinco crimes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta de instituição financeira, fraude contra investidores e informação falsa à fiscalização. Junto com ele também foram indiciados seu filho Rodrigo Ferreira e seu sobrinho Ricardo Ferreira de Souza e Silva.
Com isso, chegou a 20 o número de pessoas indiciadas pela PF no inquérito que apura se houve gestão fraudulenta na quebra do banco. O indiciamento ocorre quando a polícia considera ter indícios suficientes da prática de um crime.
Com Folha de S.Paulo
Especial
Leia mais sobre o Banco Santos
Justiça abre processo criminal contra Edemar Cid Ferreira e 18 ex- diretores do Santos
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da Folha Online
O juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o banqueiro Edemar Cid Ferreira, dono do Banco Santos. Ele e outros 18 ex-diretores da instituição responderão pelos crimes de quadrilha, lavagem de dinheiro por organização criminosa e gestão fraudulenta de instituição financeira.
Cid Ferreira e o ex-superintendente do Santos, Mário Arcângelo Martinelli, responderão também pelo crime de manutenção de contas no exterior ilegalmente.
Todos os acusados serão interrogados entre os dias 22 e 26 de agosto. O MPF e a Justiça informaram que não há necessidade de prisão dos acusados, que responderão ao processo em liberdade.
A Justiça determinou também a continuidade da apreensão das obras de arte e objetos de decoração localizados na casa, no depósito de obras de arte e no Banco Santos. O juiz ainda manteve o seqüestro dos bens móveis e imóveis do ex-banqueiro.
Para o Ministério Público Federal, Cid Ferreira e os ex-diretores do Banco Santos dissimularam a origem do dinheiro dos vários crimes cometidos contra o SFN (Sistema Financeiro Nacional) por meio da compra de imóveis e obras de arte.
Na denúncia, o MPF alega que o Banco Santos realizava operações fraudulentas com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), empréstimos com finalidade diversa da original, caixa dois e evasão de divisas para lavar o dinheiro.
O juiz também determinou o arquivamento das investigações contra outros três ex-diretores do banco indiciados pela Polícia Federal: Daniel Saraiva Santos, Abner Parada Júnior e Ricardo Ancede Gribel.
O Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central no dia 12 de novembro do ano passado. No dia 4 de maio, o BC decretou sua liquidação extrajudicial, após identificar um rombo de R$ 2,236 bilhões nas contas da instituição. No dia 24 de maio, bens do banco começaram a ser leiloados.
Polícia Federal
No mês passado, Cid Ferreira já havia sido indiciado pela Polícia Federal sob acusação de cinco crimes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta de instituição financeira, fraude contra investidores e informação falsa à fiscalização. Junto com ele também foram indiciados seu filho Rodrigo Ferreira e seu sobrinho Ricardo Ferreira de Souza e Silva.
Com isso, chegou a 20 o número de pessoas indiciadas pela PF no inquérito que apura se houve gestão fraudulenta na quebra do banco. O indiciamento ocorre quando a polícia considera ter indícios suficientes da prática de um crime.
Com Folha de S.Paulo
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