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19/08/2005
-
15h29
da Folha Online
A nota divulgada nesta tarde pelo Ministério da Fazenda, em que o ministro Antonio Palocci nega ter recebido dinheiro de empresa de lixo, não foi suficiente para a acalmar o mercado financeiro brasileiro.
O dólar reduziu um pouco a alta, mas continua com valorização expressiva. Às 15h25, subia 2,89%, vendido a R$ 2,449. Até este horário, a moeda norte-americana já atingiu alta de 4,32%, chegando a R$ 2,483.
A Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a e cair 2,8% até este horário, tinha perda de 1,43%.
Em nota, o ministro Antonio Palocci negou as declarações dadas por seu ex-assessor, Rogério Tadeu Buratti --com quem trabalhou quando ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP). Ainda de acordo com a nota, Palocci afirma que recebeu recursos da Leão&Leão como contribuição a sua campanha para prefeito e que isto consta da prestação de contas que está no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Buratti disse ao Ministério Público de São Paulo que Palocci recebia R$ 50 mil por mês de empresas de coleta de lixo.
Segundo Buratti, o dinheiro recebido por Palocci seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.
Buratti --preso nesta quarta-feira em Ribeirão Preto por crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documentos-- aceitou revelar tudo o que sabe sobre irregularidades em prefeituras paulistas em troca de redução de pena em caso de condenação.
Mercados
Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, considerou um "absurdo" a divulgação da denúncia contra Palocci sem a apresentação de provas.
"Eu acho uma irresponsabilidade muito grande esse tipo de notícia, pois ainda não há nada comprovado. Quem passou essa informação tem interesse político ou financeiro, pois sabe que ela ia mexer com os mercados. Deveriam investigar primeiro e depois divulgar", afirmou.
Angelo Larozi, da Souza Barros, disse que a possibilidade de envolvimento de Palocci em esquemas de corrupção aumenta a cautela do mercado acionário, mas ele não espera que haja uma "fuga" de investidores estrangeiros imediatamente.
"É lógico que a denúncia é preocupante, mas desde que surjam provas", disse.
Entretanto, o risco-país continua com alta expressiva nesta tarde. O indicador registrava alta de 3,45% há pouco, para 419 pontos, depois de atingir a mínima de 402 pontos no início dos negócios de hoje.
O risco-país é um termômetro da percepção dos estrangeiros. Quando ele sobe, indica que a desconfiança dos investidores externos em relação ao Brasil aumentou.
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Mercado mantém tensão após nota de Palocci e dólar sobe quase 3%
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A nota divulgada nesta tarde pelo Ministério da Fazenda, em que o ministro Antonio Palocci nega ter recebido dinheiro de empresa de lixo, não foi suficiente para a acalmar o mercado financeiro brasileiro.
O dólar reduziu um pouco a alta, mas continua com valorização expressiva. Às 15h25, subia 2,89%, vendido a R$ 2,449. Até este horário, a moeda norte-americana já atingiu alta de 4,32%, chegando a R$ 2,483.
A Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a e cair 2,8% até este horário, tinha perda de 1,43%.
Em nota, o ministro Antonio Palocci negou as declarações dadas por seu ex-assessor, Rogério Tadeu Buratti --com quem trabalhou quando ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP). Ainda de acordo com a nota, Palocci afirma que recebeu recursos da Leão&Leão como contribuição a sua campanha para prefeito e que isto consta da prestação de contas que está no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Buratti disse ao Ministério Público de São Paulo que Palocci recebia R$ 50 mil por mês de empresas de coleta de lixo.
Segundo Buratti, o dinheiro recebido por Palocci seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.
Buratti --preso nesta quarta-feira em Ribeirão Preto por crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documentos-- aceitou revelar tudo o que sabe sobre irregularidades em prefeituras paulistas em troca de redução de pena em caso de condenação.
Mercados
Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, considerou um "absurdo" a divulgação da denúncia contra Palocci sem a apresentação de provas.
"Eu acho uma irresponsabilidade muito grande esse tipo de notícia, pois ainda não há nada comprovado. Quem passou essa informação tem interesse político ou financeiro, pois sabe que ela ia mexer com os mercados. Deveriam investigar primeiro e depois divulgar", afirmou.
Angelo Larozi, da Souza Barros, disse que a possibilidade de envolvimento de Palocci em esquemas de corrupção aumenta a cautela do mercado acionário, mas ele não espera que haja uma "fuga" de investidores estrangeiros imediatamente.
"É lógico que a denúncia é preocupante, mas desde que surjam provas", disse.
Entretanto, o risco-país continua com alta expressiva nesta tarde. O indicador registrava alta de 3,45% há pouco, para 419 pontos, depois de atingir a mínima de 402 pontos no início dos negócios de hoje.
O risco-país é um termômetro da percepção dos estrangeiros. Quando ele sobe, indica que a desconfiança dos investidores externos em relação ao Brasil aumentou.
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