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24/08/2005 - 09h59

Ao viajar, brasileiro prefere a Argentina

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FERNANDO ITOKAZU
FABÍOLA SALANI
da Folha de S.Paulo


Com mais de 5.000 municípios para serem conhecidos em solo nacional, o destino mais vendido pelas agências e operadoras turísticas brasileiras é a Argentina.

O país vizinho aparece em 67,8% das respostas à pergunta "quais os cinco pacotes que você mais vende?", de pesquisa feita pelo Ministério do Turismo para avaliar o setor do ponto de vista dos turistas brasileiros. Em seguida, são citados Fortaleza (46,6%), Europa (43%), EUA e Canadá (37,7%) e Porto Seguro (32,2%).

"A cultura do brasileiro é viajar para o exterior", afirmou o secretário nacional de Políticas de Turismo, Milton Zuanazzi. "Você pergunta ao turista brasileiro se ele conhece Brasília e a resposta é quase sempre não, não tem interesse, quando Brasília é um patrimônio da humanidade", disse.

Apesar de aparecer em segundo lugar entre os pacotes mais vendidos em geral, Fortaleza não é o destino mais procurado pelos brasileiros para viajar, já que muitos turistas passeiam por conta própria. Rio e São Paulo encabeçam essa lista.

A pesquisa faz parte do plano Cores do Brasil, que tem por objetivo traçar um panorama do turismo interno para desenvolver ações de marketing e melhorias nos destinos. Foram ouvidos operadoras, agentes de turismo e turistas. Ainda foram visitados e avaliados 116 roteiros em todo o país selecionados no Salão do Turismo, realizado em junho.

Os turistas, 1.200 no total, foram ouvidos nos aeroportos brasileiros. Eles foram questionados sobre os fatores que atrapalham o turismo interno. As respostas mais freqüentes foram deficiência do destino (23,7%) e falta de divulgação (23,2%). A sinalização turística foi apontada como falha --é a principal reclamação dos visitantes estrangeiros.

Ontem também foi divulgado o sétimo Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, pesquisa trimestral da Fundação Getúlio Vargas com 948 empresas, de 23 Estados e o DF, feita entre os dias 4 de julho e 5 de agosto.

Juntas, as empresas de seis segmentos (agências de viagem, eventos, hospedagem, operadoras, receptivo e restaurante) tiveram faturamento de R$ 592 milhões de abril a junho e estimam fechar o ano com R$ 2,4 bilhões.

Em todos os segmentos, há expectativa de um aumento de receita. As estimativas variam de expansão média de 6% (em eventos) a 19,8% (operadoras).

O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, disse que não poderia apresentar números exatos do turismo, como o faturamento anual, mas estimou que o setor cresça neste ano até 15%.

É o mesmo percentual previsto pela Braztoa, associação que reúne 61 operadoras de turismo do país, responsáveis por 85% dos pacotes vendidos no Brasil. Somente no verão, a Braztoa prevê que suas associadas faturem R$ 1,2 bilhão com a venda de pacotes.

Desembarques

Durante o anúncio dos números setoriais, foi ressaltado que o total de desembarque de passageiros em vôos nacionais foi recorde em julho: 4.253.469.

A cifra é 22,57% maior do que os 3.470.113 do mesmo mês de 2004 e é 15,51% superior à de janeiro (3.682.428).

Nos sete primeiros meses de 2005, segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), os desembarques de vôos nacionais totalizaram 24.326.048, incremento de 19,29% em comparação com janeiro a julho do ano passado: 20.392.633.

Especial
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