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25/08/2005 - 17h06

Mercado "ignora" Buratti e dólar cai 1,68% otimista com ata do Copom

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da Folha Online

O tom otimista da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central guiou os negócios hoje e o dólar fechou em queda de 1,68%, a R$ 2,398 na venda, "ignorando" o depoimento do advogado Rogério Buratti, embora ele tenha reafirmado as denúncias contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda). No horário do fechamento do câmbio a Bovespa subia 2,49%.

"O mercado temia que fossem feitas novas denúncias ou apresentadas provas, o que não aconteceu", afirmou André Kitahara, do RaboBank. "Sendo assim, o mercado voltou ao normal", acrescentou.

Buratti reafirmou à CPI dos Bingos que a empresa Leão Leão, da área de coleta de lixo, pagava R$ 50 mil por mês em propina em 2001 e 2002 à Prefeitura de Ribeirão Preto, administrada na época pelo ministro Antonio Palocci (Fazenda).

"Confirmo integralmente o depoimento que prestei ao Ministério Público. Eu falei do que vi e ouvi", disse o advogado à CPI.

Na avaliação de Kitahara, o que mais pesou no mercado hoje foi a divulgação da ata do Copom, que na interpretação da maioria dos analistas sinalizou queda dos juros a partir de setembro.

Apesar de o juro alto estimular a entrada de capital estrangeiro de curto prazo no país, depreciando o dólar e valorizando o real, o mercado entende que a redução da taxa é uma demonstração de que a política monetária surtiu o efeito esperado de convergir a inflação para a meta.

Para Zeina Latif, economista do HSBC Investment, o principal destaque da ata foi a retirada da frase em que sugeria manter a taxa básica (Selic) em 19,75% ao ano por um "período suficientemente longo" para assegurar a convergência da inflação para a meta de 5,1% estabelecida para este ano.

Nos últimos três meses, essa frase esteve presente na ata, e a decisão do comitê foi pela manutenção dos juros.

"O mercado interpretou a retirada da frase como uma sinalização de redução do juro no próximo mês", diz Zeina.

De acordo com o Boletim Focus desta semana, elaborado pelo BC a partir de consultas a mais de cem instituições financeiras, o IPCA (índice que serve de base para as metas de inflação) deve ficar em 5,34%. Ou seja, as previsões já apontam taxa bem próxima da meta ajustada.

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