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06/08/2002
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11h21
A greve da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP), que já dura três meses, pode estar perto do seu desfecho. Entre os alunos e os professores dos cursos de ciências sociais e filosofia, ganha força a proposta do retorno às aulas.
O futuro da greve será decidido em assembléia dos alunos amanhã às 19h30. Segundo os próprios alunos, apenas os estudantes dos cursos de letras e história seriam contra o retorno.
Ontem foi o primeiro dia letivo do segundo semestre da USP e parte dos alunos grevistas fechou uma faixa da avenida Prof. Luciano Gualberto em frente aos prédios da FFLCH.
Durante a tarde, o clima estava descontraído e os alunos estavam tomando cerveja, jogando bola e dançando. Enquanto isso, dentro do prédio da ciências sociais, cerca de 60 alunos realizavam debate sobre o futuro do movimento.
A maioria das falas eram favoráveis ao fim da greve, mas os alunos ouvidos pela reportagem da Folha não quiseram manifestar suas opiniões publicamente.
"Letras e história não voltam. Na letras, que representa metade dos alunos da FFLCH [que tem 12 mil", há 1.011 matriculados na disciplina língua latina, que tem apenas três professores", conta Valdir Rodrigues, 37, aluno do quarto ano de letras. Segundo ele, a matéria é obrigatória para a maioria dos alunos do curso.
Para Fernanda Fazoli, 20, aluna do primeiro ano de ciências sociais, "a proposta da reitoria é insuficiente para a demanda, mas houve avanços".
A congregação, comissão composta por professores, funcionários e alunos da faculdade, concluiu que a proposta apresentada pela reitoria, cujo principal ponto é a contratação de 92 professores, é "aceitável". A reunião aconteceu na última quinta-feira.
"Todos os professores do departamento de sociologia são favoráveis ao retorno das aulas", disse Lisias Nogueira Negrão, chefe de departamento.
De acordo com Negrão, um dos membros da congregação, 90% da comissão quer a volta dos alunos às aulas.
"Vamos esperar até a assembléia dos alunos para evitar uma situação embaraçosa. Não queremos confronto, mas, se decidirem manter a greve, vamos tentar voltar", afirmou Negrão.
Fim de greve ganha força na FFLCH
da Folha de S.PauloA greve da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP), que já dura três meses, pode estar perto do seu desfecho. Entre os alunos e os professores dos cursos de ciências sociais e filosofia, ganha força a proposta do retorno às aulas.
O futuro da greve será decidido em assembléia dos alunos amanhã às 19h30. Segundo os próprios alunos, apenas os estudantes dos cursos de letras e história seriam contra o retorno.
Ontem foi o primeiro dia letivo do segundo semestre da USP e parte dos alunos grevistas fechou uma faixa da avenida Prof. Luciano Gualberto em frente aos prédios da FFLCH.
Durante a tarde, o clima estava descontraído e os alunos estavam tomando cerveja, jogando bola e dançando. Enquanto isso, dentro do prédio da ciências sociais, cerca de 60 alunos realizavam debate sobre o futuro do movimento.
A maioria das falas eram favoráveis ao fim da greve, mas os alunos ouvidos pela reportagem da Folha não quiseram manifestar suas opiniões publicamente.
"Letras e história não voltam. Na letras, que representa metade dos alunos da FFLCH [que tem 12 mil", há 1.011 matriculados na disciplina língua latina, que tem apenas três professores", conta Valdir Rodrigues, 37, aluno do quarto ano de letras. Segundo ele, a matéria é obrigatória para a maioria dos alunos do curso.
Para Fernanda Fazoli, 20, aluna do primeiro ano de ciências sociais, "a proposta da reitoria é insuficiente para a demanda, mas houve avanços".
A congregação, comissão composta por professores, funcionários e alunos da faculdade, concluiu que a proposta apresentada pela reitoria, cujo principal ponto é a contratação de 92 professores, é "aceitável". A reunião aconteceu na última quinta-feira.
"Todos os professores do departamento de sociologia são favoráveis ao retorno das aulas", disse Lisias Nogueira Negrão, chefe de departamento.
De acordo com Negrão, um dos membros da congregação, 90% da comissão quer a volta dos alunos às aulas.
"Vamos esperar até a assembléia dos alunos para evitar uma situação embaraçosa. Não queremos confronto, mas, se decidirem manter a greve, vamos tentar voltar", afirmou Negrão.
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