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29/08/2002
-
10h36
da Folha de S.Paulo
A engenharia genética evoluiu muito nas últimas décadas. No entanto ainda não decifrou os segredos para ultrapassar as fronteiras genéticas da longevidade.
Por que as células envelhecem e morrem? A resposta está nos genes que controlam o número máximo de divisões que uma célula consegue realizar. Ao atingirem esse limite, tais células exibem um estado de degeneração e morrem. Essa perda progressiva da capacidade de replicação é denominada "senescência replicativa".
Uma das principais candidatas a ultrapassar esse limite é a enzima telomerase. A explicação está na replicação das extremidades dos cromossomos, os telômeros. Eles são compostos por grupos de seis nucleotídeos (TTAGGG) que se repetem e são conservados ao longo da evolução.
A enzima DNA polimerase é incapaz de atuar na replicação das extremidades de uma das cadeias de DNA, provocando uma redução do comprimento do telômero, diretamente relacionado ao aumento da idade _anualmente há uma perda de 31 pares de bases. O encurtamento a cada divisão celular atuaria como um sinal do número de divisões e, indiretamente, da duração da vida.
A telomerase sintetiza DNA telomérico e consegue recompor as extremidades perdidas, o que é fundamental para impedir o envelhecimento das células que precisam dividir-se continuamente: embrionárias, germinativas, da medula óssea e, infelizmente, as cancerosas. Essa enzima foi identificada na maioria dos tumores humanos. Isso sugere que células potencialmente cancerosas sejam imortalizadas, o que aumenta a probabilidade de a doença ocorrer. A telomerase não foi encontrada em células adultas normais
Descobrir substâncias que ativem os genes controladores da produção de telomerase ou injetar telomerase são futuras opções para controlar a juventude, ao passo que inibidores de telomerase podem ser utilizados no combate ao câncer.
José Vagner Gomes é professor de biologia do Curso e Colégio Objetivo, do Universitário e do Anglo e ministra cursos de bioatualidades
Leia mais:
Química: Quando o próprio sangue pode matar
Atualidades: Zimbábue confisca terras de fazendeiros brancos
História: "Liberdade, ainda que tarde..."
Matemática: A mídia e os erros
Biologia: Ciência procura chave da longevidade
JOSÉ VAGNER GOMESda Folha de S.Paulo
A engenharia genética evoluiu muito nas últimas décadas. No entanto ainda não decifrou os segredos para ultrapassar as fronteiras genéticas da longevidade.
Por que as células envelhecem e morrem? A resposta está nos genes que controlam o número máximo de divisões que uma célula consegue realizar. Ao atingirem esse limite, tais células exibem um estado de degeneração e morrem. Essa perda progressiva da capacidade de replicação é denominada "senescência replicativa".
Uma das principais candidatas a ultrapassar esse limite é a enzima telomerase. A explicação está na replicação das extremidades dos cromossomos, os telômeros. Eles são compostos por grupos de seis nucleotídeos (TTAGGG) que se repetem e são conservados ao longo da evolução.
A enzima DNA polimerase é incapaz de atuar na replicação das extremidades de uma das cadeias de DNA, provocando uma redução do comprimento do telômero, diretamente relacionado ao aumento da idade _anualmente há uma perda de 31 pares de bases. O encurtamento a cada divisão celular atuaria como um sinal do número de divisões e, indiretamente, da duração da vida.
A telomerase sintetiza DNA telomérico e consegue recompor as extremidades perdidas, o que é fundamental para impedir o envelhecimento das células que precisam dividir-se continuamente: embrionárias, germinativas, da medula óssea e, infelizmente, as cancerosas. Essa enzima foi identificada na maioria dos tumores humanos. Isso sugere que células potencialmente cancerosas sejam imortalizadas, o que aumenta a probabilidade de a doença ocorrer. A telomerase não foi encontrada em células adultas normais
Descobrir substâncias que ativem os genes controladores da produção de telomerase ou injetar telomerase são futuras opções para controlar a juventude, ao passo que inibidores de telomerase podem ser utilizados no combate ao câncer.
José Vagner Gomes é professor de biologia do Curso e Colégio Objetivo, do Universitário e do Anglo e ministra cursos de bioatualidades
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