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17/10/2002
-
11h27
da Folha de S.Paulo
A industrialização européia determinou grande aumento da produção e foi responsável pela Grande Depressão, primeira grande crise do sistema capitalista. Para a burguesia, era uma crise de superprodução decorrente dos grandes investimentos e do grande avanço tecnológico alcançados à custa da superexploração da classe operária e da marginalização das atividades rurais.
Se, por um lado, a crise foi responsável pela falência do setor agrário, por quebras em setores mais frágeis da economia e por um nível de desemprego há muito não encontrado na Europa, por outro, também foi responsável pela reorganização do capitalismo. Muitas indústrias sobreviveram graças à intervenção dos bancos, a partir da qual se percebe a interferência do capital financeiro na produção.
Foi dessa situação que nasceram os grandes conglomerados empresariais -trustes, holdings e cartéis-, que pretenderam dominar determinados setores da economia, dando origem ao capitalismo monopolista.
No processo de reorganização das economias nacionais, as grandes empresas procuravam caminhos para superar a crise e, nesse quadro, iniciaram a conquista de novos mercados, dominados, porém, com exclusividade. Essa dominação foi completa e complexa. As grandes potências se impuseram do ponto de vista econômico, político, militar, cultural e religioso, um "novo colonialismo".
É exatamente nesse momento que é percebida a formação do imperialismo, uma nova forma de organização do capitalismo, caracterizada pelo predomínio dos conglomerados empresariais tanto na esfera nacional como na internacional e que impõe, por meio de mecanismos variados, o controle sobre territórios da África e da Ásia. Se o liberalismo econômico havia apoiado a idéia de independência da América, o imperialismo toma o rumo inverso e cria uma série de justificativas para sua expansão, destacando-se as teorias racistas de superioridade do homem branco.
Entre os séculos 19 e 20, a corrida colonial reforçou o predomínio inglês, uma vez que a partilha afro-asiática foi desigual, agravando a situação da Alemanha e da Itália, que possuíam poucas colônias numa época em que tê-las era sinônimo de desenvolvimento.
Dica: o imperialismo norte-americano não participou da conquista da África e da Ásia. Quais as características do imperialismo dos EUA na mesma época?
Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Objetivo e autor do livro "História em Manchete - Na Virada do Século"
Leia mais:
Atualidades: Os (des)caminhos da globalização
Geografia: Texto retifica informações sobre grupos de rochas
Física: A física e a pressão arterial
Português: Pronomes podem indicar posição dos seres no espaço
Matemática: Uma função de cara curiosa
História: Indústria, colonização e imperialismo
CLAUDIO B. RECCOda Folha de S.Paulo
A industrialização européia determinou grande aumento da produção e foi responsável pela Grande Depressão, primeira grande crise do sistema capitalista. Para a burguesia, era uma crise de superprodução decorrente dos grandes investimentos e do grande avanço tecnológico alcançados à custa da superexploração da classe operária e da marginalização das atividades rurais.
Se, por um lado, a crise foi responsável pela falência do setor agrário, por quebras em setores mais frágeis da economia e por um nível de desemprego há muito não encontrado na Europa, por outro, também foi responsável pela reorganização do capitalismo. Muitas indústrias sobreviveram graças à intervenção dos bancos, a partir da qual se percebe a interferência do capital financeiro na produção.
Foi dessa situação que nasceram os grandes conglomerados empresariais -trustes, holdings e cartéis-, que pretenderam dominar determinados setores da economia, dando origem ao capitalismo monopolista.
No processo de reorganização das economias nacionais, as grandes empresas procuravam caminhos para superar a crise e, nesse quadro, iniciaram a conquista de novos mercados, dominados, porém, com exclusividade. Essa dominação foi completa e complexa. As grandes potências se impuseram do ponto de vista econômico, político, militar, cultural e religioso, um "novo colonialismo".
É exatamente nesse momento que é percebida a formação do imperialismo, uma nova forma de organização do capitalismo, caracterizada pelo predomínio dos conglomerados empresariais tanto na esfera nacional como na internacional e que impõe, por meio de mecanismos variados, o controle sobre territórios da África e da Ásia. Se o liberalismo econômico havia apoiado a idéia de independência da América, o imperialismo toma o rumo inverso e cria uma série de justificativas para sua expansão, destacando-se as teorias racistas de superioridade do homem branco.
Entre os séculos 19 e 20, a corrida colonial reforçou o predomínio inglês, uma vez que a partilha afro-asiática foi desigual, agravando a situação da Alemanha e da Itália, que possuíam poucas colônias numa época em que tê-las era sinônimo de desenvolvimento.
Dica: o imperialismo norte-americano não participou da conquista da África e da Ásia. Quais as características do imperialismo dos EUA na mesma época?
Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Objetivo e autor do livro "História em Manchete - Na Virada do Século"
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