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27/12/2005
-
09h48
da Folha de S.Paulo
Quem chegou à segunda fase da Fuvest já deixou cerca de 80% dos candidatos para trás. Apesar disso, ainda falta muito para conquistar a sonhada vaga.
Pesquisas apontam que, geralmente, as notas das dissertativas tendem a seguir a média dos testes, ou seja, quem vai muito bem na primeira fase deve repetir o bom resultado na segunda. Mas isso não quer dizer que o jogo está decidido. Quem gosta de futebol sabe que a partida só termina quando o juiz apita. E a maior parte dos jogadores/vestibulandos está no meio do campo, com chance de vencer, mas sob o risco de perder o gol.
"Na prova escrita, o aluno sabe a matéria ou não sabe. É a hora da verdade. Quem chutou e conseguiu ir para a segunda fase vai cair, mas quem conhece a matéria e passou em cima por nervosismo tem chance", diz Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo.
Juliana Gonçalves Pereira Barbosa, 22, está na disputa por uma vaga em medicina e não se considera em uma situação confortável. Passou para a segunda fase com 74 pontos --a nota de corte neste ano foi 73. "Vou ter que pegar pesado. Como foi em cima, preciso estudar muito para ir melhor. Sei que a chance é mínima, mas tem gente que consegue. É difícil, mas não impossível."
A vestibulanda conta que as suas notas seguem um padrão, tanto nos testes quanto nas dissertativas. Segundo ela, cada prova tem suas "vantagens e desvantagens". "Quando você sabe um pouco menos, aí é melhor teste. O escrito tem uma vantagem porque ele não te engana", diz.
Carlos Eduardo Bindi, coordenador do Etapa, também acredita em desempenhos similares nas provas, mas diz que cada caso tem suas peculiaridades. "As exceções são os estudantes que estavam nervosos e os que aproveitaram e se esforçaram muito para recuperar falhas. Nesses casos, a segunda fase pode ser uma oportunidade de mostrar conhecimento."
Uma das vantagens desta nova etapa, segundo ele, é que a prova é feita em vários dias. "Como são mais dias de prova, dilui a tensão, favorece o estudante a mostrar o conhecimento e ganhar posições", afirma. O coordenador faz, porém, uma ressalva: o estado emocional do dia anterior não deve interferir na prova seguinte.
Para Bindi, outro aspecto positivo da segunda fase é que para cada questão há quatro graus de nota --0,25, 0,50, 0,75 e 1. Portanto, se o aluno não sabe toda a resolução do problema, mas sabe parte dela, pode ganhar algum pontinho. "Não adianta encher lingüiça, mas tentar responder... Quem sabe? Para baixo de zero não fica. Faz gráfico, tabela, fala de um contexto. A pior coisa que pode acontecer é a pessoa que corrige achar graça, mas uma correção não interfere na outra", explica.
O coordenador da Fuvest, Roberto Costa, defende a importância desta prova. "Às vezes até perguntam por que não acabamos com a segunda fase. A principal razão é estimular nos alunos o gosto pela escrita, responder perguntas que exigem raciocínio e a expressão desse pensamento", diz. Mas e as pesquisas? "A natureza raciocina estatisticamente, mas para cada pessoa não há estatística, sempre há variáveis."
Antonio Mario Salles, coordenador pedagógico do Objetivo, pede coragem. "Tenho alunos que fizeram uma segunda fase muito boa e conseguiram entrar. Nada está perdido, ainda dá tempo de estudar. Vamos à luta!"
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a segunda fase da Fuvest
Prova escrita é momento da verdade
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Quem chegou à segunda fase da Fuvest já deixou cerca de 80% dos candidatos para trás. Apesar disso, ainda falta muito para conquistar a sonhada vaga.
Pesquisas apontam que, geralmente, as notas das dissertativas tendem a seguir a média dos testes, ou seja, quem vai muito bem na primeira fase deve repetir o bom resultado na segunda. Mas isso não quer dizer que o jogo está decidido. Quem gosta de futebol sabe que a partida só termina quando o juiz apita. E a maior parte dos jogadores/vestibulandos está no meio do campo, com chance de vencer, mas sob o risco de perder o gol.
"Na prova escrita, o aluno sabe a matéria ou não sabe. É a hora da verdade. Quem chutou e conseguiu ir para a segunda fase vai cair, mas quem conhece a matéria e passou em cima por nervosismo tem chance", diz Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo.
Juliana Gonçalves Pereira Barbosa, 22, está na disputa por uma vaga em medicina e não se considera em uma situação confortável. Passou para a segunda fase com 74 pontos --a nota de corte neste ano foi 73. "Vou ter que pegar pesado. Como foi em cima, preciso estudar muito para ir melhor. Sei que a chance é mínima, mas tem gente que consegue. É difícil, mas não impossível."
A vestibulanda conta que as suas notas seguem um padrão, tanto nos testes quanto nas dissertativas. Segundo ela, cada prova tem suas "vantagens e desvantagens". "Quando você sabe um pouco menos, aí é melhor teste. O escrito tem uma vantagem porque ele não te engana", diz.
Carlos Eduardo Bindi, coordenador do Etapa, também acredita em desempenhos similares nas provas, mas diz que cada caso tem suas peculiaridades. "As exceções são os estudantes que estavam nervosos e os que aproveitaram e se esforçaram muito para recuperar falhas. Nesses casos, a segunda fase pode ser uma oportunidade de mostrar conhecimento."
Uma das vantagens desta nova etapa, segundo ele, é que a prova é feita em vários dias. "Como são mais dias de prova, dilui a tensão, favorece o estudante a mostrar o conhecimento e ganhar posições", afirma. O coordenador faz, porém, uma ressalva: o estado emocional do dia anterior não deve interferir na prova seguinte.
Para Bindi, outro aspecto positivo da segunda fase é que para cada questão há quatro graus de nota --0,25, 0,50, 0,75 e 1. Portanto, se o aluno não sabe toda a resolução do problema, mas sabe parte dela, pode ganhar algum pontinho. "Não adianta encher lingüiça, mas tentar responder... Quem sabe? Para baixo de zero não fica. Faz gráfico, tabela, fala de um contexto. A pior coisa que pode acontecer é a pessoa que corrige achar graça, mas uma correção não interfere na outra", explica.
O coordenador da Fuvest, Roberto Costa, defende a importância desta prova. "Às vezes até perguntam por que não acabamos com a segunda fase. A principal razão é estimular nos alunos o gosto pela escrita, responder perguntas que exigem raciocínio e a expressão desse pensamento", diz. Mas e as pesquisas? "A natureza raciocina estatisticamente, mas para cada pessoa não há estatística, sempre há variáveis."
Antonio Mario Salles, coordenador pedagógico do Objetivo, pede coragem. "Tenho alunos que fizeram uma segunda fase muito boa e conseguiram entrar. Nada está perdido, ainda dá tempo de estudar. Vamos à luta!"
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