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04/03/2006
-
11h28
ANTONIO GOIS
da Folha de S.Paulo, do Rio
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
Um abaixo-assinado que começou a circular entre acadêmicos pela internet ontem faz duras críticas à direção da PUC-SP por ter demitido a socióloga Heleieth Saffioti, 72, uma das mais importantes feministas do país. Ela trabalhava na pós-graduação de ciências sociais da instituição.
Saffioti foi um dos 447 docentes demitidos pela universidade, para acabar com um déficit mensal de R$ 4,3 milhões. A socióloga integra a lista feita pelos representantes da Arquidiocese de São Paulo na Fundação São Paulo (mantenedora da PUC), que se somou aos cortes realizados pela reitoria.
O documento, assinado até ontem por 126 pessoas, fala que a crise financeira da instituição estava "servindo de pretexto para uma perseguição ideológica contra pensadores que divergem dos cânones da fé católica, numa investida que lembra o macarthismo, visando transformar a PUC-SP num cemitério de idéias".
O texto é assinado, entre outros, pela ex-reitora da PUC Nadir Gouvêa Kfouri, pelo professor de filosofia da USP Sérgio Adorno e pelas deputadas federais Luiza Erundina (PSB-SP) e Jandira Feghali (PC do B-RJ).
O que causou a suspeita de perseguição ideológica nesse caso é o fato de Saffioti (docente da PUC desde 1989) ter escrito um artigo, publicado no site da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), em defesa da descriminalização do aborto.
O secretário de comunicação da Arquidiocese de São Paulo, padre Juarez de Castro, nega a acusação. "Os critérios para a lista já foram divulgados [idade avançada e avaliação de desempenho, entre outros]. Ela sempre defendeu coisas como essa e nunca houve problema."
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da Folha de S.Paulo, do Rio
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
Um abaixo-assinado que começou a circular entre acadêmicos pela internet ontem faz duras críticas à direção da PUC-SP por ter demitido a socióloga Heleieth Saffioti, 72, uma das mais importantes feministas do país. Ela trabalhava na pós-graduação de ciências sociais da instituição.
Saffioti foi um dos 447 docentes demitidos pela universidade, para acabar com um déficit mensal de R$ 4,3 milhões. A socióloga integra a lista feita pelos representantes da Arquidiocese de São Paulo na Fundação São Paulo (mantenedora da PUC), que se somou aos cortes realizados pela reitoria.
O documento, assinado até ontem por 126 pessoas, fala que a crise financeira da instituição estava "servindo de pretexto para uma perseguição ideológica contra pensadores que divergem dos cânones da fé católica, numa investida que lembra o macarthismo, visando transformar a PUC-SP num cemitério de idéias".
O texto é assinado, entre outros, pela ex-reitora da PUC Nadir Gouvêa Kfouri, pelo professor de filosofia da USP Sérgio Adorno e pelas deputadas federais Luiza Erundina (PSB-SP) e Jandira Feghali (PC do B-RJ).
O que causou a suspeita de perseguição ideológica nesse caso é o fato de Saffioti (docente da PUC desde 1989) ter escrito um artigo, publicado no site da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), em defesa da descriminalização do aborto.
O secretário de comunicação da Arquidiocese de São Paulo, padre Juarez de Castro, nega a acusação. "Os critérios para a lista já foram divulgados [idade avançada e avaliação de desempenho, entre outros]. Ela sempre defendeu coisas como essa e nunca houve problema."
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