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14/11/2006
-
10h21
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
A idéia é promover a comunicação entre diferentes linguagens e, não, este não é um curso de tradução ou de lingüística. O nome pode parecer hermético, mas o objetivo do curso de ciências moleculares da USP é bastante claro: formar pesquisadores capazes de entender computação, física, matemática, química e biologia e de relacionar essas áreas do saber.
Mas, se você se interessou, nem adianta procurar a carreira no manual do candidato. É que o curso segue um modelo diferente dentro da universidade: para ingressar, é preciso prestar novo processo seletivo no meio do ano. As aulas começam no segundo semestre.
A seleção dos 25 estudantes da turma, segundo a coordenadora do curso, Lucile Maria Floeter Winter, leva em conta uma avaliação e uma dinâmica de grupo, na qual os alunos são avaliados por sua performance.
"Não dá para dizer qual é o perfil que buscamos. Podemos escolher alguém mais tímido. A liderança positiva é levada em conta mas também procuramos quem sabe trabalhar em grupo. O mínimo que o candidato precisa ter é o que o cientista tem: curiosidade, ânsia do questionamento", diz.
Há 16 anos, quando foi criado, a intenção já era a atual: formar um físico que entenda biologia e um biólogo que entenda física. Ou seja, instituir a tão comentada interdisciplinaridade. A própria Fuvest vai colocar questões interdisciplinares no vestibular, porque pretende mostrar que o conhecimento não é fragmentado.
"Hoje não dá mais para saber tudo o que acontece em todas as ciências. O importante é saber quem sabe", afirma a coordenadora do curso.
A interdisciplinaridade é bem perceptível nos projetos dos estudantes. Alex Kunve Susemihl, 21, por exemplo, ingressou na USP pelo bacharelado em matemática aplicada. Hoje, realiza sua pesquisa no Instituto de Física sobre os comportamentos de gânglios de siris.
"Bati à porta de um monte de laboratórios. Queria trabalhar com neurociências, mas nunca quis ir para o lado da biologia molecular nem da psicologia. Achei um orientador que dava um enfoque mais físico."
Seus experimentos buscam desvendar o padrão de atividade do gânglio aplicando a Teoria do Caos --que pretende prever o resultado de eventos complexos, nos quais há interação de uma série de fatores. As aplicações do estudo são várias, segundo Alex. "A gente desenvolve novos métodos, que podem ser úteis para exames. O estudo ajuda a compreender melhor estruturas do sistema nervoso humano."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a USP
Curso propõe diálogo entre ciências
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da Folha de S.Paulo
A idéia é promover a comunicação entre diferentes linguagens e, não, este não é um curso de tradução ou de lingüística. O nome pode parecer hermético, mas o objetivo do curso de ciências moleculares da USP é bastante claro: formar pesquisadores capazes de entender computação, física, matemática, química e biologia e de relacionar essas áreas do saber.
Mas, se você se interessou, nem adianta procurar a carreira no manual do candidato. É que o curso segue um modelo diferente dentro da universidade: para ingressar, é preciso prestar novo processo seletivo no meio do ano. As aulas começam no segundo semestre.
A seleção dos 25 estudantes da turma, segundo a coordenadora do curso, Lucile Maria Floeter Winter, leva em conta uma avaliação e uma dinâmica de grupo, na qual os alunos são avaliados por sua performance.
"Não dá para dizer qual é o perfil que buscamos. Podemos escolher alguém mais tímido. A liderança positiva é levada em conta mas também procuramos quem sabe trabalhar em grupo. O mínimo que o candidato precisa ter é o que o cientista tem: curiosidade, ânsia do questionamento", diz.
Há 16 anos, quando foi criado, a intenção já era a atual: formar um físico que entenda biologia e um biólogo que entenda física. Ou seja, instituir a tão comentada interdisciplinaridade. A própria Fuvest vai colocar questões interdisciplinares no vestibular, porque pretende mostrar que o conhecimento não é fragmentado.
"Hoje não dá mais para saber tudo o que acontece em todas as ciências. O importante é saber quem sabe", afirma a coordenadora do curso.
A interdisciplinaridade é bem perceptível nos projetos dos estudantes. Alex Kunve Susemihl, 21, por exemplo, ingressou na USP pelo bacharelado em matemática aplicada. Hoje, realiza sua pesquisa no Instituto de Física sobre os comportamentos de gânglios de siris.
"Bati à porta de um monte de laboratórios. Queria trabalhar com neurociências, mas nunca quis ir para o lado da biologia molecular nem da psicologia. Achei um orientador que dava um enfoque mais físico."
Seus experimentos buscam desvendar o padrão de atividade do gânglio aplicando a Teoria do Caos --que pretende prever o resultado de eventos complexos, nos quais há interação de uma série de fatores. As aplicações do estudo são várias, segundo Alex. "A gente desenvolve novos métodos, que podem ser úteis para exames. O estudo ajuda a compreender melhor estruturas do sistema nervoso humano."
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