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22/10/2001
-
16h08
DÉBORA YURI
da Revista da Folha
Uma caixa de papelão. Não foi preciso mais do que isso para mudar a rotina da escola municipal Prefeito José Pavan, em Paulínia (126 quilômetros a noroeste de São Paulo). Há dois anos, o projeto "Era uma Vez... Um Mundo de Sonhos Guardados em Caixas" é a atividade mais festejada pelos alunos da escola, que oferece educação infantil para a comunidade carente do bairro Morro Alto.
"Esse método diferente de contar histórias tradicionais é ideal para conquistar a garotada, porque nessa idade eles só querem saber de contos de terror", observa Maria Suely Sandi, 25, que criou o projeto inspirada em uma brincadeira vista em uma creche.
O "método ideal", segundo a professora: incentivar os alunos a montar, numa caixa de papelão, um cenário e até mesmo um novo roteiro para uma fábula conhecida. Há espaço para toda a turma. "O processo é atraente, pois trabalhamos, ao mesmo tempo, a individualidade de cada criança e o senso coletivo de grupo", explica.
No chão ou na grama, crianças de seis anos fazem colagem, desenho, pintura, trabalham com sucata. "A aula é assim: quem prefere pintar, pinta; quem quer desenhar, desenha. Mas todos trabalham para um fim comum." O resultado, conta Suely, é que toda a turma de 25 estudantes se sente disposta e motivada a participar da atividade. O ponto de partida é a leitura que a professora faz de uma história. A seguir, os alunos se juntam para discutir o que é necessário colocar dentro da caixa.
Ela lembra que, quando foi trabalhado o "Sítio do Picapau Amarelo", ficou decidido que precisariam ser criados a boneca Emília, Dona Benta e o Visconde de Sabugosa. Os personagens foram confeccionados pelas crianças, que também visitaram sítios "reais" para importar idéias para a sua caixa.
"As crianças sempre surpreendem. A corda do poço do sítio enrola e desenrola, os bonecos se movimentam", elogia a professora Maria Suely.
A etapa final do projeto é a dramatização - os alunos pegam emprestado o roteiro criado e ambientado na caixa e encenam. Seis peças já foram criadas assim: "Chapeuzinho Vermelho", "Os Três Porquinhos", "Rapunzel", "O Sítio do Picapau Amarelo", "Branca de Neve" e uma sobre histórias de terror. Elas ficam guardadas na biblioteca, lado a lado com uma série de livros. Para criança nenhuma crescer alimentando o preconceito de que é chato gostar de ler.
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Caixa de papelão é ponto de partida para crianças fazerem arte
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da Revista da Folha
Uma caixa de papelão. Não foi preciso mais do que isso para mudar a rotina da escola municipal Prefeito José Pavan, em Paulínia (126 quilômetros a noroeste de São Paulo). Há dois anos, o projeto "Era uma Vez... Um Mundo de Sonhos Guardados em Caixas" é a atividade mais festejada pelos alunos da escola, que oferece educação infantil para a comunidade carente do bairro Morro Alto.
"Esse método diferente de contar histórias tradicionais é ideal para conquistar a garotada, porque nessa idade eles só querem saber de contos de terror", observa Maria Suely Sandi, 25, que criou o projeto inspirada em uma brincadeira vista em uma creche.
O "método ideal", segundo a professora: incentivar os alunos a montar, numa caixa de papelão, um cenário e até mesmo um novo roteiro para uma fábula conhecida. Há espaço para toda a turma. "O processo é atraente, pois trabalhamos, ao mesmo tempo, a individualidade de cada criança e o senso coletivo de grupo", explica.
No chão ou na grama, crianças de seis anos fazem colagem, desenho, pintura, trabalham com sucata. "A aula é assim: quem prefere pintar, pinta; quem quer desenhar, desenha. Mas todos trabalham para um fim comum." O resultado, conta Suely, é que toda a turma de 25 estudantes se sente disposta e motivada a participar da atividade. O ponto de partida é a leitura que a professora faz de uma história. A seguir, os alunos se juntam para discutir o que é necessário colocar dentro da caixa.
Ela lembra que, quando foi trabalhado o "Sítio do Picapau Amarelo", ficou decidido que precisariam ser criados a boneca Emília, Dona Benta e o Visconde de Sabugosa. Os personagens foram confeccionados pelas crianças, que também visitaram sítios "reais" para importar idéias para a sua caixa.
"As crianças sempre surpreendem. A corda do poço do sítio enrola e desenrola, os bonecos se movimentam", elogia a professora Maria Suely.
A etapa final do projeto é a dramatização - os alunos pegam emprestado o roteiro criado e ambientado na caixa e encenam. Seis peças já foram criadas assim: "Chapeuzinho Vermelho", "Os Três Porquinhos", "Rapunzel", "O Sítio do Picapau Amarelo", "Branca de Neve" e uma sobre histórias de terror. Elas ficam guardadas na biblioteca, lado a lado com uma série de livros. Para criança nenhuma crescer alimentando o preconceito de que é chato gostar de ler.
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