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27/11/2001
-
19h39
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso cometeu hoje uma gafe com os professores durante a cerimônia de entrega do prêmio nacional do Finep de inovação tecnológica.
Ao relatar sua experiência como professor no Instituto de Estudos Avançados de Princeton (EUA), FHC afirmou que os pesquisadores e bolsistas da universidade que não conseguiam produzir viravam professores.
"Se a pessoa não consegue produzir, coitado, vai ser professor. Então fica a angústia: se ele vai ter um nome na praça ou se ele vai dar aula a vida inteira e repetir o que os outros fazem", afirmou o presidente.
Ao encerrar discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, FHC afirmou: "Lá (o instituto de Princeton) é um lugar de pessoas selecionadas nos Estados Unidos, de jovens PhD, os mais brilhantes _eu não era, porque eu já era professor, eu não sou brilhante, mas estava lá".
Depois de afirmar que os que não conseguem produzir vão dar aula, FHC continuou: "Aí me ensinaram uma coisa que me deixou muito atormentado a vida toda: eles [do instituto] pegam os mais jovens, porque, para poder ter capacidade de inovação, para ter criatividade, pelo menos em física teórica e matemática, tem de ser muito jovem".
Segundo o presidente, os mais velhos sabem muito, "e quem sabe muito não cria, fica com medo de criar, porque 'fulano fez isso, beltrano fez aquilo, se eu disser isso vão dizer que é ridículo'".
Para FHC, 70, o que o salva é que pertence à área de ciências humanas. "Quem sabe [nessa área] a gente possa criar até certa idade, mas depois dos 70 não tem jeito."
Leia mais notícias da greve no ensino
Para FHC, professor é 'coitado' que não conseguiu ser pesquisador
da Folha Online, em Brasíliada Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso cometeu hoje uma gafe com os professores durante a cerimônia de entrega do prêmio nacional do Finep de inovação tecnológica.
Ao relatar sua experiência como professor no Instituto de Estudos Avançados de Princeton (EUA), FHC afirmou que os pesquisadores e bolsistas da universidade que não conseguiam produzir viravam professores.
"Se a pessoa não consegue produzir, coitado, vai ser professor. Então fica a angústia: se ele vai ter um nome na praça ou se ele vai dar aula a vida inteira e repetir o que os outros fazem", afirmou o presidente.
Ao encerrar discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, FHC afirmou: "Lá (o instituto de Princeton) é um lugar de pessoas selecionadas nos Estados Unidos, de jovens PhD, os mais brilhantes _eu não era, porque eu já era professor, eu não sou brilhante, mas estava lá".
Depois de afirmar que os que não conseguem produzir vão dar aula, FHC continuou: "Aí me ensinaram uma coisa que me deixou muito atormentado a vida toda: eles [do instituto] pegam os mais jovens, porque, para poder ter capacidade de inovação, para ter criatividade, pelo menos em física teórica e matemática, tem de ser muito jovem".
Segundo o presidente, os mais velhos sabem muito, "e quem sabe muito não cria, fica com medo de criar, porque 'fulano fez isso, beltrano fez aquilo, se eu disser isso vão dizer que é ridículo'".
Para FHC, 70, o que o salva é que pertence à área de ciências humanas. "Quem sabe [nessa área] a gente possa criar até certa idade, mas depois dos 70 não tem jeito."
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