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04/12/2001
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18h56
O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que ficou satisfeito com os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O país ficou em último lugar numa análise que reuniu 32 países.
Ele disse que foi surpreendido porque esperava resultados piores. "Não é que o ensino seja ruim. É que há muita repetência", disse o ministro.
Para Paulo Renato, o fato de os alunos brasileiros com alta escolaridade estarem no mesmo patamar de seus equivalentes da Polônia, Grécia e Rússia é um fator positivo.
Mesmo assim, o ministério pretende reforçar o combate à repetência e incentivar a leitura nas escolas. Ontem, Paulo Renato anunciou a doação de coleções literárias para 8,4 milhões de alunos da 4ª e 5ª séries do ensino fundamental. Muitos desses contemplados farão a próxima edição do Pisa em 2003.
Segundo Maria Helena Guimarães, presidente do Inep, o atraso escolar é agravado pela repetição dos erros que geraram a repetência. "O repetente volta para a mesma professora, a mesma classe _a dos atrasados_ e faz de novo tudo que já não deu certo."
O ministro destacou a "audácia" do país de participar do Pisa e divulgar seus resultados. "Não é nenhuma surpresa em estarmos atrasados porque chegamos atrasados", disse Paulo Renato.
Na análise do Inep, que organizou a pesquisa no país, os resultados do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) haviam antecipado as dificuldades dos alunos brasileiros na leitura e produção de textos.
Ainda segundo o Inep, é frequente que o ensino de língua portuguesa nas escolas seja "desvinculado das reais necessidades de uso social da linguagem".
Para reverter isso, o ministério deve investir mais na capacitação dos professores.
O ministro também destacou os problemas socioeconômicos do país, cujo índice de Gini (coeficiente que mede a desigualdade) é aproximadamente 0,588, o mais alto dos países incluídos no Pisa.
Leia mais
Brasil fica em último lugar no ranking
Veja como foi a média de cada país
Paulo Renato diz que esperava resultados piores no Pisa
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaO ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que ficou satisfeito com os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O país ficou em último lugar numa análise que reuniu 32 países.
Ele disse que foi surpreendido porque esperava resultados piores. "Não é que o ensino seja ruim. É que há muita repetência", disse o ministro.
Para Paulo Renato, o fato de os alunos brasileiros com alta escolaridade estarem no mesmo patamar de seus equivalentes da Polônia, Grécia e Rússia é um fator positivo.
Mesmo assim, o ministério pretende reforçar o combate à repetência e incentivar a leitura nas escolas. Ontem, Paulo Renato anunciou a doação de coleções literárias para 8,4 milhões de alunos da 4ª e 5ª séries do ensino fundamental. Muitos desses contemplados farão a próxima edição do Pisa em 2003.
Segundo Maria Helena Guimarães, presidente do Inep, o atraso escolar é agravado pela repetição dos erros que geraram a repetência. "O repetente volta para a mesma professora, a mesma classe _a dos atrasados_ e faz de novo tudo que já não deu certo."
O ministro destacou a "audácia" do país de participar do Pisa e divulgar seus resultados. "Não é nenhuma surpresa em estarmos atrasados porque chegamos atrasados", disse Paulo Renato.
Na análise do Inep, que organizou a pesquisa no país, os resultados do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) haviam antecipado as dificuldades dos alunos brasileiros na leitura e produção de textos.
Ainda segundo o Inep, é frequente que o ensino de língua portuguesa nas escolas seja "desvinculado das reais necessidades de uso social da linguagem".
Para reverter isso, o ministério deve investir mais na capacitação dos professores.
O ministro também destacou os problemas socioeconômicos do país, cujo índice de Gini (coeficiente que mede a desigualdade) é aproximadamente 0,588, o mais alto dos países incluídos no Pisa.
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