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06/12/2001 - 11h30

Profissões - Em informática, nomes dos cursos podem confundir

FÁBIO PORTO SILVA
da Folha de S.Paulo

Num mundo cada vez mais informatizado, o mercado de trabalho para o especialista em computação parece não ter limites. Do técnico que faz manutenção em micros até o profissional formado em engenharia de computação e com um certificado das multinacionais Oracle ou Cisco, há espaço para todos em informática.

Porém a falta de um padrão na denominação dos cursos superiores em computação pode confundir o vestibulando. Saber distinguir entre um e outro é fundamental para decidir qual deles atende melhor aos objetivos e às expectativas do aluno.

Segundo Ricardo Anido, diretor do IC (Instituto de Computação) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e um dos diretores da SBC (Sociedade Brasileira de Computação), há um esforço do órgão em estabelecer contornos mais definidos para os cursos superiores de informática nas universidades do país.

Universidade e mercado

Para os professores, a distância entre os meios acadêmico e empresarial não impede que os egressos com boa formação tenham facilidade de adaptação no mercado de trabalho.

O professor Anido sugere que os alunos estudem antes de ir para o mercado: "Estágio em que o aluno trabalha 40 horas por semana fazendo algo que não acrescenta em nada ao seu currículo é prejudicial". Foi com esse objetivo que o IC firmou esse ano uma parceria com o Unibanco, em que alunos trabalham dentro da própria universidade em um laboratório montado pela empresa.

Para Anido, o projeto traz várias vantagens. "É supervisionado por professores, há limite de horas de dedicação, além de o banco ter projetos reais e interessantes, ligados a internet e criptografia."

Parece haver consenso entre os professores de que a universidade não forma profissional cem por cento pronto para o mercado. "Ela ensina a metodologia para desenvolver projetos, de modo que o estudante é capaz de aprender em seis meses as demandas da indústria", diz Raul Weber, coordenador de ciência da computação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

De acordo com Hilda Carvalho de Oliveira, coordenadora do curso de ciência da computação do campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro, quando saem do curso, os alunos têm mais facilidade de aprendizado, pois a forte base teórica permite que aprendam na prática rapidamente.

"Os egressos do curso devem se destacar pela capacidade de resolver problemas e de propor soluções. Eles são treinados para isso", diz o professor Pedro de Rezende, coordenador de engenharia da computação da Unicamp.

Certificados

A escassez de profissionais no mercado que entendam de tecnologias específicas e atuais fez com os certificados de grandes empresas como Novell, Cisco, Linux, Oracle e Microsoft muitas vezes significassem emprego garantido e excelentes salários.

Segundo Marcelo Bicarato, assessor de comunicação da Brás & Figueiredo Informática, centro de treinamento autorizado da Microsoft, são exames pesados que exigem bastante do aluno. "Não é exagero dizer que, quem tem um certificado MCSE (Microsoft Certified System Engineer), tem emprego garantido e salários de R$ 4.000 a R$ 6.000 por mês", diz.

Eduardo Campos, 27, gerente de produtos para a linha de servidores Windows na Microsoft e formado em tecnologia em processamento de dados pela Fatec (Faculdade de Tecnologia) de São Paulo em 94, obteve a certificação MCP (Microsoft Certified Professional) -a mais básica das certificações da Microsoft e que permite ser técnico em produto especifico: "É uma prova que exige muita dedicação do candidato".

Para Rezende, os cursos de certificação têm um objetivo bastante pontual e imediatista. "O que chama a atenção hoje no mercado pode não ser tão importante daqui dois ou três anos", afirma.

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