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13/12/2001
-
10h45
especial para a Folha de S.Paulo
Passados mais de 20 anos da revolução que transformou o Irã num Estado teocrático, regido pelas leis do Alcorão, o país gradualmente ganha um perfil mais democrático no mundo islâmico. Os jovens, as mulheres e os intelectuais passaram a ter mais liberdade e contribuem para a flexibilização do regime com o apoio de Mohamed Khatami, atual presidente.
Cortejada pelos ingleses desde o início do século 20, principalmente em virtude da sua riqueza petrolífera, a antiga Pérsia sofreu uma intensa interferência de potências ocidentais. Os ingleses garantiram o monopólio da indústria petrolífera pelo menos até os anos 50, quando o Parlamento, sob a liderança do primeiro-ministro Mohammad Mossadegh, nacionalizou as companhias de petróleo.
Mossadegh foi deposto por um golpe militar articulado pela inteligência inglesa e pela CIA. Reza Pahlevi retomou o controle do país com poderes ditatoriais e criou a Savak (Agência Estatal de Segurança e Informação), destinada a reprimir a oposição nacionalista. Em 1962, iniciou um programa de modernização que incluía, além da reforma agrária, o direito das mulheres ao voto.
As reformas despertaram a ira do clero fundamentalista xiita e de seu mais preeminente líder, o aiatolá Ruhollah Khomeini, que, preso e expulso do país em 1964, continuou do exterior sua luta contra a ocidentalização do Irã.
Nos anos 70, o vínculo militar entre Teerã e os EUA se aprofundou. Ao mesmo tempo, fundamentalistas islâmicos intensificavam os protestos, desafiando a polícia secreta de Pahlevi, cuja dinastia caiu em fevereiro de 79.
Com o triunfo da revolução, Khomeini retornou ao país e transformou o Irã numa república islâmica. Baniu toda forma de diversão e impôs às mulheres o uso do chador (tecido usado para cobrir o rosto). Perseguiu e executou inimigos até sua morte, em junho de 1989, quando assumiu o aiatolá Ali Khamenei.
A ascensão do reformista Mohamed Khatami, em 1997, com uma campanha centrada nas palavras de ordem "democracia e liberdade", apontava para um novo Irã. Ainda decidido a conciliar liberdade com religião, foi reeleito em junho de 2001.
Khatami continua a desafiar o clero conservador ao procurar garantir direitos subtraídos do povo pela revolução: ouvir música, dançar, assistir a filmes laicos e namorar em público.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
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RESUMÃO
História
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PROFISSÕES
Estabilidade é atrativo da carreira militar
ITA e IME formam oficiais engenheiros
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Resumão/atualidades - Os desafios do novo Irã
ROBERTO CANDELORIespecial para a Folha de S.Paulo
Passados mais de 20 anos da revolução que transformou o Irã num Estado teocrático, regido pelas leis do Alcorão, o país gradualmente ganha um perfil mais democrático no mundo islâmico. Os jovens, as mulheres e os intelectuais passaram a ter mais liberdade e contribuem para a flexibilização do regime com o apoio de Mohamed Khatami, atual presidente.
Cortejada pelos ingleses desde o início do século 20, principalmente em virtude da sua riqueza petrolífera, a antiga Pérsia sofreu uma intensa interferência de potências ocidentais. Os ingleses garantiram o monopólio da indústria petrolífera pelo menos até os anos 50, quando o Parlamento, sob a liderança do primeiro-ministro Mohammad Mossadegh, nacionalizou as companhias de petróleo.
Mossadegh foi deposto por um golpe militar articulado pela inteligência inglesa e pela CIA. Reza Pahlevi retomou o controle do país com poderes ditatoriais e criou a Savak (Agência Estatal de Segurança e Informação), destinada a reprimir a oposição nacionalista. Em 1962, iniciou um programa de modernização que incluía, além da reforma agrária, o direito das mulheres ao voto.
As reformas despertaram a ira do clero fundamentalista xiita e de seu mais preeminente líder, o aiatolá Ruhollah Khomeini, que, preso e expulso do país em 1964, continuou do exterior sua luta contra a ocidentalização do Irã.
Nos anos 70, o vínculo militar entre Teerã e os EUA se aprofundou. Ao mesmo tempo, fundamentalistas islâmicos intensificavam os protestos, desafiando a polícia secreta de Pahlevi, cuja dinastia caiu em fevereiro de 79.
Com o triunfo da revolução, Khomeini retornou ao país e transformou o Irã numa república islâmica. Baniu toda forma de diversão e impôs às mulheres o uso do chador (tecido usado para cobrir o rosto). Perseguiu e executou inimigos até sua morte, em junho de 1989, quando assumiu o aiatolá Ali Khamenei.
A ascensão do reformista Mohamed Khatami, em 1997, com uma campanha centrada nas palavras de ordem "democracia e liberdade", apontava para um novo Irã. Ainda decidido a conciliar liberdade com religião, foi reeleito em junho de 2001.
Khatami continua a desafiar o clero conservador ao procurar garantir direitos subtraídos do povo pela revolução: ouvir música, dançar, assistir a filmes laicos e namorar em público.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
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