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Dieta sofreu influência "maléfica"
a partir da Segunda Guerra Mundial


JORGE BLAT
da Folha Online

Durante milênios, as diferenças culturais dos povos mediterrâneos resultaram em uma alimentação diversa. Mas apesar das diferenças, existem pontos em comum na gastronomia destes países: o trigo, básico na fabricação do pão; o azeite de oliva; a grande variedade de legumes, verduras, hortaliças, frutos secos e frutas; a uva e o vinho; peixe; e como carne, o gado ovino (principalmente nos países islâmicos) e o suíno.

O conceito da dieta mediterrânea é fruto das necessidades destes povos, que através dos tempos, deu lugar a uma forma comum de se alimentar, modificada pelos costumes de cada país.

Na costa do Mar Mediterrâneo nasceram algumas das civilizações mais antigas que se conhecem e alí se desenvolveu a cultura que conhecemos hoje. As nações que podem ser consideradas como mediterrâneas são Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Iugoslávia, Albânia, Turquia, Malta, Israel, Síria, Egito, Líbano, Tunísia, Líbia, Argélia e Marrocos. Povos de diferentes culturas e religiões: ao norte a maioria dos países são cristãos, ao sul, predominam os islâmicos.

As características da dieta mediterrânea baseiam-se na variedade de seus ingredientes, com a presença fundamental do azeite de oliva, cereais, frutos secos, vinho, vegetais e frutas, a proporção certa das substâncias que contém cada alimento (fibras, vitaminas, antioxidantes e ácidos graxos insaturados) e a moderação.

Após a Segunda Guerra Mundial, com o maior intercâmbio comercial e cultural entre os países, começou a haver uma piora da qualidade nesta alimentação por causa da "importação" de costumes alheios à cultura mediterrânea, procedentes, principalmente, da cultura anglo-saxônica.

Estes novos costumes levaram a um maior consumo de carnes ou gorduras saturadas de origem animal, que está diretamente relacionado com um maior índice de doenças cardiovasculares.

E foram exatamente pesquisas nos EUA, país que sofre de graves problemas alimentares, que há alguns anos redescobriram a dieta mediterrânea, analisando seus efeitos benéficos para a saúde.

O vinho, tomado moderadamente, faz parte da mesa mediterrânea. A única exceção é no mundo islâmico, onde não se consome álcool por motivos religiosos. A introdução de bebidas com alto teor alcoólico, como whisky, gin e vodka, procedentes de países do norte da Europa, também contribuíram na deterioração da dieta, incorporando, inclusive, costumes no consumo de álcool distantes da cultura mediterrânea.


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