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Power ioga alia força e flexibilidade à capacidade de concentração


Neuzinha Ferreira/Folha Imagem
Alessandra Mastrogiovanni, artista plástica e professora de ioga

ADRIANA RESENDE
da Folha Online

Força, resistência e concentração. Esse trio orienta a prática da power ioga, uma das ramificações da hatha ioga, atividade que tem como objetivo conseguir o equilíbrio mental por meio da atividade corporal. O estilo se tornou popular a partir do lançamento do livro "Power Yoga", da professora norte americana Beryl Bender Birch, em 1995.

Como o próprio nome indica, a "power ioga" é uma modalidade da prática hindu que exige mais força e vigor físico. Talvez por isso, seja associada a atletas ou a maníacos por ginástica.

Mas não é só isso. O dinamismo da power ioga pode ser eficiente também para pessoas "comuns", que não sejam "experts" em atividade física, como atletas ou professores de ginástica.

É o caso do administrador de empresas Auro Levorin, 45. Ele explica que começou a praticar power ioga há cerca de um ano e meio, porque a ioga tradicional tomava tempo e não era possível se exercitar com frequência. "A power ioga é mais dinâmica, dá ânimo para trabalhar, mas, ao mesmo tempo, faz relaxar, ver a vida pessoal com mais positividade."

Mas por ser relativamente nova, a power ioga ainda provoca controvérsias. Há quem defenda que pode ser praticada por qualquer pessoa, mesmo sem aptidão física de atleta e até mesmo por crianças ou pessoas da terceira idade. Compartilham essa opinião os professores Lygia Lima, do Rio de Janeiro, e Marco Schultz, de Florianópolis.

"Não há quem não possa fazer power ioga. Até uma criança de cinco anos pode, desde que consiga se concentrar. Grávidas, que já pratiquem atividades físicas, deficientes, hipertensos e cardíacos também podem. Só precisam avisar ao professor para que ele fique atento a que tipo de exercícios o aluno pode realizar", afirma Lygia Lima, 36, que pratica ioga há 15 anos, estudou power ioga nos EUA e ensina a modalidade no Brasil há três anos.

Marco Schultz, 30, dá aulas de power ioga em Florianópolis há cinco anos e tem programas específicos para atletas. Um de seus alunos mais famosos é o surfista catarinense Flávio Padaratz, o "Teco", terceiro colocado no ranking mundial. Mesmo treinando atletas, Marco Schultz diz que a power ioga não depende de condicionamento físico. "A prática é construtiva. As pessoas devem aprender a lidar com os próprios limites", diz ele.

Na outra ponta dessa corrente está o professor Júlio Fernandes, 37. Professor de ioga no Sesc (Serviço Social do Comércio) de São Paulo há 14 anos, e professor de power ioga há quatro anos e meio, Júlio desaconselha a escolha desse estilo de ioga a crianças, pessoas da terceira idade e a cardíacos, hipertensos ou a quem tenha hérnia de disco. "Pra que essas pessoas devem fazer exercícios que forcem demais seu corpo? É melhor que façam a ioga tradicional, que também proporciona bem-estar."

Uma aula de power ioga dura entre uma e duas horas, em média. O ideal é praticar pelo menos duas ou três vezes por semana, mas isso não é regra obrigatória. "Uma vez por semana é melhor que nada, meia hora já é melhor que 15 minutos. O importante é não parar. Cada um sabe seu limite e deve tentar fazer, mesmo que tenha dificuldades", afirma Maitê Pereira, 36, personal trainer de power ioga.

A power ioga também é opção para quem tem problemas de depressão e até por quem quer emagrecer. Sílvia Andreonni, 39, professora de yoga, teve depressão e foi buscar forças na prática oriental. "A ioga me refez completamente. Eu tive problemas, e ela me tirou do buraco", conta. Ela foi uma das participantes do workshop de power ioga realizado por Lygia Lima nos dias 29 e 30 de junho, no instituto da professora Dina Franchi.

"Eu estava insatisfeita comigo e com meu trabalho. Aprendi a me enxergar mais sinceramente e a lidar com os limites que a vida impõe", diz a artista plástica e professora de hatta ioga Alessandra Mastrogiovanni, 33.


Leia mais: Power ioga beneficia corpo e mente

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